Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Berriel, Guilherme Pereira |
Orientador(a): |
Peyré-Tartaruga, Leonardo Alexandre |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/258342
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Resumo: |
O Voleibol é uma modalidade esportiva que exige dos atletas, ações motoras, tais como jogadas de ataque, bloqueio e saque. Estes movimentos são realizados por meio de saltos verticais que exigem elevada capacidade física dos jogadores, além de serem decisivos nos resultados dos jogos. A característica dos saltos verticais realizados em treinamento e jogos é baseada na utilização do ciclo alongamento-encurtamento (CAE). Um nível ótimo de produção de potência muscular depende de uma boa relação entre a participação do componente elástico do CAE e dos níveis de força de um indivíduo. CAE envolve duas ações musculares realizadas rapidamente e sucessivamente, de modo que durante a fase excêntrica do movimento a energia elástica é acumulada nas estruturas elásticas, e posteriormente, esta energia acumulada é utilizada na fase concêntrica do movimento, que ocorre imediatamente após o término da ação excêntrica. O acúmulo de energia está diretamente relacionado ao grau de rigidez da estrutura músculo-tendínea, de forma que, quanto maior a rigidez, mais rígida a estrutura, maior será́ o acúmulo de energia e consequentemente maior a produção de potência comparada ao mesmo movimento realizado sem a utilização do CAE. Desta forma, o presente estudo objetivou analisar a associação entre a rigidez músculo-tendínea dos membros inferiores com coeficiente elástico, capacidade de saltos vertical e fadiga em atletas de voleibol. Vinte nove e atletas da seleção brasileira sub-19, massa corporal média 87,59 ± 10,93kg; estatura média 195,75 ± 9,21cm participaram de uma avaliação do nível de rigidez e capacidade de saltos sem contramovimento (SJ) e com contramovimento (CMJ) e saltos realizados durante um treinamento similar a jogo. As avaliações dos saltos SJ, CMJ e nível de rigidez foram realizadas em um tapete de contato, antes do treinamento similar ao jogo. Para o monitoramento dos saltos realizados em situação de jogo foi utilizado um acelerômetro em um cinto acoplado na cintura dos atletas, este acelerômetro transmitiu por bluetooth para um tablet informações referentes a quantidade, altura máxima e % de esforço dos saltos realizado na sessão de treinamento. Para a análise estatística e apresentação dos resultados, os dados estão descritos em média e desvio padrão. A normalidade foi avaliada pelo teste Shapiro-Wilk e, após confirmação de distribuição, os dados que apresentaram distribuição normal foi utilizado o teste de correlação Produto Momento de Pearson e para os dados que não apresentaram distribuição normal foi utilizado o teste de correlação de Rô de Spearman. A classificação adotada para os dados é de 0 - 0,30 pequena correlação, 0,31 - 0,49 moderada correlação, 0,5 - 0,69 grande correlação, 0,7 - 0,89 muito grande correlação e 0,9 - 1 perfeita correlação. Os resultados demonstraram uma associação positiva entre rigidez e Coeficiente elástico com r de 0,905 e p 0,001, altura máxima de salto com r de 0,854 e p 0,001 e associação negativa com % de esforço r de -0,428 e p 0,02 e percepção subjetiva de esforço (PE) r de -0,906 e p 0,001. Assim, conclui-se que maiores níveis de rigidez parecem aumentar a capacidade de armazenamento de energia elástica assim como melhorar o desempenho do salto vertical e diminuir a percepção de fadiga. Estes resultados são compatíveis com o conceito que intervenções que melhorem a rigidez corporal podem impactar positivamente no desempenho de salto e carga de treinamento de atletas de voleibol. |