Respostas funcionais da vegetação campestre ao manejo pastoril

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Streit, Helena
Orientador(a): Overbeck, Gerhard Ernst
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/180581
Resumo: Os Campos Sulinos são ecossistemas típicos da região sul do Brasil, ocorrendo no bioma Pampa e no bioma Mata Atlântica, e possuem alta riqueza florística e estrutura únicas. A dinâmica dos campos está associada à ocorrência de distúrbios naturais, como o pastejo e as queimadas, que possibilitam a renovação dos processos sucessionais, impedindo que poucas espécies dominem a comunidade. O pastejo atua como filtro ambiental selecionando espécies com determinados atributos, resultando na organização das comunidades. Nesse estudo, utilizamos dados de atributos da vegetação campestre nos biomas Pampa e Mata Atlântica, no Sul do Brasil para compreender os efeitos de diferentes intensidades de pastejo sobre os padrões e variações funcionais das comunidades vegetais. Avaliamos a variação intra-específica de atributos foliares das espécies dominantes de cada sítio e classificamos as espécies de acordo com a classificação C-S-R. Avaliamos também a variação na diversidade funcional de atributos da vegetação campestre. Observamos um padrão de variação ao longo do gradiente de pastejo, em que a exclusão de pastejo tende a selecionar indivíduos com menor SLA, e maior LA e FT Os resultados da classificação CSR mostraram uma predominância de espécies com estratégia de tolerância ao stress, enquanto espécies com características ruderais ou habilidades de competição não foram encontradas. Não houve diferença nas estratégias das plantas entre tratamentos ou entre os sítios do bioma Pampa e Mata Atlântica. As comunidades de plantas campestres diferiram entre os sítios dos biomas Pampa e Mata Atlântica quanto à sua composição de espécies. Também encontramos maior diversidade funcional nos sítios do bioma Pampa. Encontramos padrão de convergência de atributos em relação ao gradiente, em que as áreas de exclusão apresentam mais espécies perenes e entouceiradas, e menos espécies rizomatosas. Assim, confirmamos que diferentes intensidades de pastejo promovem uma resposta funcional que é muito variável, e dependente do atributo e da espécie em questão. Esse padrão de convergência encontrado pode ser causado por processos evolutivos, indicando que tanto filtros bióticos como abióticos estão atuando sobre a estrutura das comunidades.