Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Bandeira, Cibele Edom |
Orientador(a): |
Bau, Claiton Henrique Dotto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/265093
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Resumo: |
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno do neurodesenvolvimento com etiologia multifatorial, que acomete cerca de 2,5% dos adultos. A neurobiologia e o curso do TDAH ao longo da vida, entretanto, ainda são pouco conhecidos, principalmente em adultos. Nesse sentido, a presente Tese de Doutorado tem como objetivo explorar o papel de fatores demográficos, clínicos, genômicos e cerebrais nas trajetórias do TDAH ao longo da vida adulta. Para isso, uma amostra clínica foi acompanhada ao longo de 13 anos (N=323), sendo avaliada em três momentos (seis e treze anos após a avaliação inicial). Além disso, dados genômicos e de ressonância magnética nuclear foram coletados. Na presente Tese, demonstramos pela primeira vez um padrão de trajetória flutuante em adultos, marcado por remissão e recorrência dos sintomas (presente em 25,5% dos casos). A maioria dos casos apresentou a persistência estável dos sintomas (68,8%), e a remissão foi rara (5,7%). Uma maior frequência da trajetória persistente foi encontrada em mulheres, indivíduos com comorbidades e com maior escore poligênico de depressão (uma das comorbidades mais correlacionadas com TDAH em adultos). Dados cerebrais estruturais foram avaliados através do cálculo de um escore que combina efeitos de regiões individuais (média ponderada das associações ao TDAH), similar ao escore poligênico. Casos apresentaram maiores escores de área cortical comparados a controles, mas não diferiram em relação à espessura cortical e aos volumes subcorticais. Também não foram encontradas diferenças entre os escores e as trajetórias clínicas. Por fim, na avaliação de conectividade funcional, apresentamos dados que reforçam as associações entre hipoconectividade na rede de modo padrão (DMN) e o TDAH, consistentes com evidências prévias de que o tratamento para o transtorno aumenta essa conectividade. A conectividade funcional entre as regiões da DMN também não se mostrou associada às trajetórias. No geral, os resultados de neuroimagem se mostraram consistentes, uma vez que também foi observado correlação entre os escores cerebrais estruturais e a conectividade funcional da DMN. Ao reforçar a natureza biológica, complexa e dinâmica do TDAH em adultos, destacamos a necessidade de uma atenção maior para o transtorno na educação médica, na pesquisa e na saúde pública de maneira geral. |