Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Miranda, Priscilla Poliseni |
Orientador(a): |
Kieling, Renata Rocha |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/230588
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Alterações da deglutição em lactentes são relativamente frequentes. Além da avaliação clínica pelo fonoaudiólogo, as disfagias infantis frequentemente são investigadas com exames objetivos. A videofluoroscopia da deglutição (VFD) é o exame mais utilizado como avaliação instrumental da deglutição, sendo os achados de penetração e aspiração considerados os mais importantes indicadores de alteração na deglutição. Poucos estudos avaliaram a relação entre alterações precoces na VFD e o desfecho de via alimentar em crianças a médio ou longo prazo. OBJETIVOS: Investigar a associação entre o achado de aspiração na VFD realizada em lactentes com até 12 meses de vida e o uso de sonda alimentar após 2 anos de idade. Secundariamente, identificar fatores clínicos associados ao uso de sonda em pacientes com risco ou suspeita de disfagia no primeiro ano de vida. MÉTODOS: Estudo de coorte retrospectivo, com dados de prontuário eletrônico dos pacientes. Foram analisados dados demográficos e clínicos referentes ao nascimento, período neonatal, comorbidades, dados da VFD, reinternações e consultas posteriores à alta para identificação do desfecho. O cálculo de risco relativo foi empregado como medida de associação e uma regressão de Poisson foi realizada para investigação de potenciais preditores do desfecho. RESULTADOS: Foram incluídos 164 pacientes, sendo que 112 (68%) contribuíram com informações para o desfecho de via alimentar aos 2 anos. A maioria eram prematuros (66%), com mediana de idade de 9,28 semanas (IQR 4,87-18,2) ao exame. Aspiração ocorreu em 33% da amostra, sem diferença entre pacientes a termo ou prematuros (p=0,173). O risco relativo do uso de sonda após 2 anos entre lactentes que aspiraram na VFD no primeiro ano de vida foi de 0,74 (IC 0,25-2,16, p=0,573), sendo maior para nascidos a termo. Na regressão de Poisson, número de reinternações (RR 1,04, IC1,01-1,07, p=0,005) e prematuridade <34 semanas (RR 0,266, IC0,07-0,089 p=0,032) estiveram associadas a um aumento do risco de uso de sonda. CONCLUSÃO: A VFD tem baixo valor preditivo em relação ao desfecho alimentar dos pacientes. A presença de aspiração na VFD deve ser considerada como informação complementar para decisão de condutas clínicas. Mesmo na suspeita precoce de disfagia, a via alimentar final depende de um conjunto de fatores, incluindo a presença e a gravidade de comorbidades clínicas, as intervenções e a assistência ao paciente e o desenvolvimento global da criança. Mais estudos são necessários para identificar fatores capazes de estimar com precisão o prognóstico da disfagia em lactentes. |