Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Bonfim, Elisiane Gomes |
Orientador(a): |
Lopes, Marta Júlia Marques |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Palavras-chave em Espanhol: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/135508
|
Resumo: |
Neste estudo, aborda-se o ensino da temática da violência na graduação em enfermagem. O objetivo geral da tese consistiu em investigar como a temática da violência é abordada em Cursos de Bacharelado em Enfermagem das Instituições de Ensino Superior, situadas em Porto Alegre, e analisar as racionalidades subjacentes em documentos e práticas. O estudo qualitativo englobou todos os cursos de bacharelado em enfermagem, situados em Porto Alegre, que concluíram turmas, perfazendo quatro cursos. As ferramentas para a geração de dados incluíram pesquisa documental, por meio das diretrizes curriculares nacionais, dos projetos pedagógicos, de matrizes curriculares, de planos de ensino das disciplinas que abordam a violência e de entrevistas com os docentes que abordam a temática da violência na graduação em enfermagem. Os resultados demonstraram a abordagem da violência no currículo formal real, com concentração nas disciplinas voltadas para a saúde da criança, em situações nas quais a violência é discutida a partir da percepção de necessidade do docente e no currículo oculto, por meio da demanda pela vivência de situações de violência nos cenários de prática. Foi possível identificar um distanciamento entre as normativas fundantes da saúde como direito, constantes nas Diretrizes Curriculares Nacionais e que inspiram os Projetos Pedagógicos dos Cursos, e o real na implementação dos Currículos. A execução dos projetos é permeada pela racionalidade biomédica, pelo padrão empírico de conhecimento de enfermagem e com a concepção de saúde, entendida como ausência de doenças, o que, constata-se, não sustenta a complexidade de abordagens multicausais como aquelas necessárias a teorizar e gerar enfrentamentos à violência. Outra constatação é de que as competências e as habilidades, previstas para a formação, são transcritas das Diretrizes Curriculares para os Projetos Pedagógicos dos Cursos, e não se configuram em operacionalização nos Planos de Ensino. Nas ementas das disciplinas, que abordam a violência, ainda persiste o foco na doença, exceção às disciplinas de direitos humanos e às voltadas à saúde da criança, que têm por base políticas públicas. Neste contexto, novos olhares na abordagem da violência acontecem, por meio das atividades de extensão, programas e projetos, e pela inserção do tema nos grupos de pesquisa, nos quais é possível vivenciar a atuação da equipe multidisciplinar, além dos estágios obrigatórios em cenários de prática em diferentes instituições que não se limitam à saúde e que atuam considerando a saúde enquanto direito. |