Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Motta, Nykolas Friedrich Von Peters Correia |
Orientador(a): |
Spinelli, Priscilla Tesch |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/254469
|
Resumo: |
No cerne da ontologia do cinema de Roger Scruton apresentada em Photography and Representation (1981) está a definição de filme como uma fotografia de representação dramática. Essa ontologia é arregimentada por uma crítica cultural dirigida à instituição do cinema. Apesar disso, pelo fato de o filósofo conservador fundamentar sua ontologia do cinema em uma ontologia da fotografia (e de considerar o cinema como uma forma de fotografia animada), o enfoque de intérpretes e críticos de Scruton está no que este tem a dizer sobre fotografias, especialmente na sua recusa do status representacional a elas. A proposta desta tese é, sem entrar nas considerações sobre cinema do filósofo inglês, analisar em detalhe os componentes da definição fulcral de filme com um capítulo correspondente a cada uma deles: fotografia, fotografia de representação e representação dramática. Para tanto, é necessário mais dois capítulos suplementares, um com respeito ao método adotado por Scruton, outro concernente à concepção de representação pictórica em jogo. Veremos que as duas ficções lógicas da fotografia ideal e da pintura ideal corporificam os critérios definidores de cada meio, respectivamente as propriedades genéticas causal e intencional (capítulo 1). Por um lado, a propriedade genética intencional é aquilo que possibilitaria o ver-em característico de representações pictóricas (capítulo 2). Por outro lado, a propriedade genética causal é aquilo que possibilitaria o ver a partir característico de fotografias (capítulo 3). A fotografia de representação seria uma imagem fotográfica que permitiria que se visse a partir dela objetos que contivessem a propriedade de representação, não sendo ela mesma uma representação fotográfica (capítulo 4). Por fim, a representação dramática é tomada pelo filósofo conservador como dizendo respeito simplesmente a ações e personagens ficcionais, sendo dramática no mesmo sentido da novel dramática de Henry James. Mas essa é uma simplificação grosseira do drama jamesiano (capítulo 5). Os pressupostos da ontologia do cinema de Scruton terão sido apresentados desta forma. |