Biossegurança na prática de enfermagem no enfrentamento da covid-19 em um hospital no Município de Porto Alegre/RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Zanini, Lisiane Nunes
Orientador(a): Warmling, Cristine Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/252527
Resumo: Os problemas de infraestrutura e de organização do Sistema Único de Saúde (SUS) provenientes do sobrecarregamento dos serviços exigiram uma maior dedicação e envolvimento dos trabalhadores da saúde durante a pandemia da Covid-19, tendo em vista a alta demanda dos usuários com agravos da doença, a elevação do número de mortes, assim como a necessidade de ampliação de cuidados de biossegurança e, principalmente, a disponibilidade e uso de Equipamentos de Proteção Individual. Objetivo: O objetivo desse trabalho é analisar a ênfase da biossegurança no desenvolvimento das ações profissionais na prevenção, controle e manejo da Covid-19,adotadas por enfermeiras(os) do Grupo Hospitalar Conceição no enfrentamento da doença. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo exploratório com abordagem predominantemente quantitativa. O cenário do estudo é o Grupo Hospitalar Conceição,situado em Porto Alegre/RS. A amostra é de conveniência e participaram da pesquisa 70 enfermeiras (os) que atuaram durante o início da pandemia da Covid-19. Entre janeiro e abril de 2021, os participantes responderam a um questionário online, com perguntas 41 fechadas e três perguntas abertas sobre o desempenho no enfrentamento da pandemia. Os eixos variáveis que compuseram as perguntas basearam-se na Nota Técnica nº 4 da ANVISA e foram organizadas em três estruturas temáticas: 1) Perfil sociodemográfico da formação e do trabalho; 2) Medidas de biossegurança, proteção e vigilância; e 3) Acesso às informações. O questionário foi submetido a estudo piloto com a disponibilização em modo online para 13 Enfermeiras(os), sendo 10 de hospitais de Porto Alegre e três atuando na Atenção Básica de um município similar ao do estudo. Os resultados do estudo piloto nortearam a adequação do instrumento na versão final. Resultados/Discussão: A caracterização da amostra mostra que 90% dos(as) participantes são do sexo feminino; 98% relatam utilizar a máscara cirúrgica; 61,4% usam protetor facial; 52,9% afirmam ter recebido orientações sobre as medidas a serem tomadas durante a pandemia; 55,71% sentem-se sempre preparados para atender casos de Covid-19; 45,71% divulgam ter acessado a nota técnica da Anvisa. Dados do estudo demonstram que além do risco de contaminação, os profissionais tiveram que lidar com a sobrecarga de trabalho e com a escassez de EPIs. Identificou-se, no estudo, que os índices de uso de EPI’s são inferiores em todos os itens comparados aos referidos para a disponibilidade. O estudo apontou que 31,42% e 27,14% das enfermeiras (os) afirmaram, respectivamente, que nunca ou raramente receberam apoio direcionado à sua saúde mental enquanto atuavam na linha de frente. Indicadores demonstravam que na mesma medida que a infecção pelo Coronavírus SARS-CoV-2 subia, o adoecimento mental das enfermeiras (os) a acompanhava. Considerações finais: Nota-se que o Grupo Hospitalar Conceição disponibilizou para as enfermeiras orientações sobre protocolos no enfrentamento da Covid-19. O estudo aponta os desafios que a pandemia trouxe em relação à qualificação de trabalhadores, diante das necessidades de reorganização do processo de trabalho.