Rotas interrompidas : (i)mobilidade urbana, saúde e barreiras invisíveis na cidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silveira, Luisa Horn de Castro
Orientador(a): Rocha, Cristianne Maria Famer
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/238658
Resumo: A estrutura urbana afeta as condições de deslocamento da população no território. Quando as cidades oferecem possibilidades de circulação que incentivam hábitos saudáveis, isso causa efeitos positivos na saúde e bem estar. Promover a mobilidade urbana saudável é um desafio, em especial, nas grandes cidades onde o processo de urbanização ocorreu de forma rápida e descontrolada, e nas quais o uso de automóveis aumentou drasticamente nas últimas décadas. O problema se intensifica nas regiões periféricas ou marcadas por desigualdades socioeconômicas. Nesses casos, além dos fatores físico-estruturais, somam-se questões de ordem subjetiva que dificultam a mobilidade e inibem uma parcela da população de usufruir dos espaços da cidade. Essas questões subjetivas são chamadas, nesse trabalho, de “barreiras invisíveis”. O objetivo do estudo foi problematizar os modos pelos quais a mobilidade urbana saudável é afetada por barreiras invisíveis na Região Cruzeiro, em Porto Alegre. Para realizar essa investigação, foi utilizado um método qualitativo de pesquisa-intervenção. As informações obtidas foram analisadas sob o referencial pós-estruturalista, dialogando com teorias dos autores Michel Foucault e Zigmunt Bauman. As barreiras invisíveis encontradas estão relacionadas à sensação de isolamento da Região Cruzeiro em relação ao resto da cidade, à atmosfera de medo e insegurança, ao domínio dos grupos de tráfico e aos processos de segregação (re)produzidos no local. Também foram discutidos os meios encontrados para desviar de alguns desses obstáculos, a partir das vivências de moradores locais. As reflexões geradas suscitaram discussões sobre as relações de poder perpetradas no contexto da vida urbana contemporânea.