Espacialização da arenização a partir da Ecodinâmica e da Cartografia Ambiental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Caneppele, Jean Carlo Gessi
Orientador(a): Verdum, Roberto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/171442
Resumo: A arenização é um processo que possui gênese natural e pode ser intensificado ou gerado por um inadequado manejo. A arenização está ligada ao condicionante, geológico, geomorfológico, pedológico, climático, de cobertura vegetal e uso e ocupação da terra, que a partir da interação com os agentes hídricos e eólicos, tem determinadas feições geradas. Em sua gênese natural, a arenização evolui em três etapas: 1) degraus de abatimento; 2) ravinas; 3) areais, além disso, as ravinas podem dar origem a voçorocas. Os mapeamentos da arenização efetuados levavam em conta apenas os areais e não as demais etapas. As propostas de manejo, em sua maioria, são implementadas de maneira uniforme, sem levar em conta que os agentes hídrico e eólico atuam de forma diferenciada ao longo do processo. Para que as técnicas de manejo e controle sejam aplicadas de acordo com a especificidade de cada área, se faz necessário o levantamento de todas as variáveis da arenização. Dentro deste contexto, o trabalho busca estruturar uma metodologia para mapear o processo de arenização, em sua evolução, utilizando a Ecodinâmica e a Cartografia Ambiental. Essa metodologia servirá de base para o cumprimento de dois objetivos do Edital Capes-Embrapa que o trabalho esteve vinculado: 1) Mapeamento do processo de arenização e 2) Criação de parâmetros para o manejo e gestão das áreas suscetíveis à arenização. O mapeamento foi efetuado na bacia do arroio Inhacundá no município de São Francisco de Assis/RS. Foram mapeadas as feições da arenização, divididas em: 1) Ravinas; 2) Coalescência de Ravinas; 3) Leques de Dejecção; 4) Voçorocas e 5) Areais. Os meios foram definidos a partir da relação morfogênese x pedogênese e as feições da arenização, obtendo-se assim os meios estáveis, intergrades e fortemente instáveis e suas classes de mapeamentos. Os meios estáveis estão associados às áreas suscetíveis e aos valões e foram a primeira classe a ser mapeada. Os meios intergrades estão associados aos degraus de abatimento, pipping, sulcos de maquinário e superpastoreio e foram considerados como segunda classe. Por último, os meios fortemente instáveis foram divididos em três classes. As ravinas (terceira classe); a coalescência de ravinas e os leques de dejecção (quarta classe); os areais e as voçorocas (quinta classe). Após, foi estruturada a legenda de cores, com a utilização da cor vermelha, assim como, foi atribuído um símbolo para cada relação entre os condicionantes, totalizando 14 símbolos. Os mapas finais foram elaborados em escala 1:100.000, utilizando as classes sem adição dos símbolos em função da quantidade de informações, e em escala 1:10.000. Na escala 1:10.000, todos os elementos foram adicionados, o que possibilitou uma leitura simplificada de um processo complexo. Com a estruturação da metodologia de mapeamento, definindo os meios e suas classes e relacionando todos os condicionantes, torna-se possível a criação de parâmetros para cada uma das cinco classes, de acordo com a sua localização e associação dos condicionantes.