Plano de uso público do Parque Nacional do Monte Roraima : proposta de estruração de uma cadeia produtiva de ecoturismo na calha do rio Cotingo, com base nos princípios da economia ecológica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Silva, Edileuza Lopes Sette
Orientador(a): Florissi, Stefano
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/18816
Resumo: O trabalho elabora uma proposta de cadeia produtiva para o ecoturismo na Unidade de Conservação do Parque Nacional do Monte Roraima – Parna Monte Roraima, a partir de uma pesquisa realizada na comunidade Ingarikó de Karamanpaktëi, o agrupamento brasileiro mais próximo do Monte Roraima, na bacia do rio Cotingo. O Plano de Manejo do Parna Monte Roraima, datado de 2000, divide a região, em seis zonas ecológicas - uso extensivo, intensivo, intangível, primitiva, de uso especial e de transição-, com as respectivas regras para intervenção humana. Na zona de uso extensivo estão previstas a realização de pesquisa científica, educação ambiental e ecoturismo com a participação das comunidades indígenas, com vistas à melhoria de suas condições de vida, uma vez que o povo Ingarikó habita essa floresta desde tempos imemoriais. A pesquisa constatou serem os índios exímios conhecedores do Parna, onde já desenvolvem a atividade de ecoturismo com extrema habilidade. São familiarizados com importantes aspectos do ecossistema, com os hábitos dos animais e as particularidades do clima, o que os qualifica como peças chaves no planejamento da segurança do turista. Devido à proibição legal, caçam raramente, tendo uma dieta concentrada em carboidratos de mandioca, quase sem nenhuma proteína. A partir de uma excursão realizada à Cachoeira Kïtik Yen e à Comunidade Mapae, com duração de seis dias, pela floresta, foi estruturada uma cadeia de ecoturismo que reflete a realidade atual da atividade no Parna. Observa-se que alguns elos da cadeia estão mais bem organizados que outros, mas no geral, se a comunidade puder contar com a presença do poder público, a atividade poderá alcançar padrão de excelência internacional. Ali estão presentes o conhecimento dos sítios naturais, o respeito e a prática da cultura ancestral, a vocação e a amabilidade no trato com o turista, a consciência da importância de cada elemento da paisagem para a atividade e a facilidade com idiomas estrangeiros. Com alguma orientação dos órgãos de vigilância sanitária, poderá ser desenvolvida uma culinária leve e saudável, bem ao gosto do turista. Neste sentido, a preparação do cachiri, com alguma inovação tecnológica, poderá representar significativa geração de renda pela venda aos turistas, por ser uma bebida energética, fresca e saudável.