Técnicas de biópsias hepáticas guiadas pelo acesso laparoscópico com endoscopia rígida e flexível em equinos em estação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Zaro, Débora
Orientador(a): Beck, Carlos Afonso de Castro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/200585
Resumo: Na maior parte dos estudos de biópsias hepáticas realizados em equinos, os procedimentos foram conduzidos utilizando a técnica de coleta hepática percutânea com auxílio da ultrassonografia. No entanto, a avaliação histológica de tecido hepático ante mortem é pouco realizada e, portanto, as afecções hepáticas, que são comuns em equinos, são pouco diagnosticadas e tratadas. O objetivo deste estudo foi avaliar, e por meio comparativo, estabelecer qual técnica de biópsia hepática em equinos guiada pelo acesso laparoscópico permite maior facilidade de execução, maior segurança, menor tempo cirúrgico, melhor amostra tecidual e menor risco de hemorragia. Também comparar o endoscópio rígido e flexível na realização das coletas, apontando vantagens e limitações de cada instrumento. O acesso à cavidade abdominal ocorreu através da introdução videoassistida da cânula guia EndoTIPTM no centro da fossa paralombar direita. As biópsias ocorreram na seguinte ordem: biópsias realizadas com pinça laparoscópica (R1) e agulha de biópsia semiautomática (R2), respectivamente, assistidas primeiro pelo endoscópio rígido; e após, biópsias com pinça endoscópica flexível (F1) e agulha de biópsia semiautomática (F2), nessa ordem, assistidas pelo endoscópio flexível. Os procedimentos de pós-operatório como terapia analgésica, anti-inflamatória, inspeção e higienização diária do local de incisão foram prestados e após dez dias de acompanhamento os equinos receberam alta. Não houve alterações clínicas e laboratoriais significativas no período pós-operatório. Considerou-se mínimo o traumatismo e o sangramento decorrente da cirurgia. Nenhuma intercorrência grave causada pelo procedimento foi observada, o que nos permite indicar as biópsias hepáticas guiadas pelo acesso laparoscópico em equinos hígidos em estação como método viável e seguro. A pinça laparoscópica e a pinça endoscópica flexível mostraram-se mais seguras do que a agulha de biópsia semiautomática durante as coletas. Não houve uma técnica considerada mais rápida. A pinça endoscópica flexível foi considerada ineficiente para coleta de amostras hepáticas. Enquanto a pinça laparoscópica mostrou-se mais vantajosa, sendo considerada a técnica mais fácil e eficaz, coletando amostras de tamanhos adequados para avaliação histológica. O endoscópio flexível inserido através de uma cânula guia de 60 cm de comprimento teve maior alcance e permitiu acesso mais amplo à cavidade abdominal e ao fígado, enquanto o endoscópio rígido inserido pelo acesso via fossa paralombar direita apresentou alcance limitado, entretanto, melhor luminosidade, definição de cor e imagem quando comparado ao endoscópio flexível. Os resultados obtidos nesse trabalho podem ser úteis para ajudar no desenvolvimento de equipamentos e métodos mais adequados à espécie equina e na aplicação futura das técnicas de biópsias guiadas pelo acesso laparoscópico em equinos com doenças hepáticas.