Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Mariana Pohlmann de |
Orientador(a): |
Kindlein Junior, Wilson |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/262132
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Resumo: |
Práticas de higiene têm influência sobre a microbiota vulvovaginal. Esse ecossistema é responsável pela prevenção de doenças. Alguns produtos para higienização da região íntima feminina possuem em sua composição substâncias nocivas à saúde. Sendo assim, composições à base de materiais naturais vêm sendo utilizadas em produtos cosméticos e de higiene. Componentes, como as manteigas e os óleos essenciais, são lipofílicos ou hidrofóbicos. Desta forma, a nanotecnologia apresenta-se como uma alternativa para a incorporação de substâncias lipofílicas em meio aquoso. Sendo assim, o objetivo principal deste trabalho é desenvolver um insumo cosmético de base nanotecnológica contendo substâncias de origem vegetal cujas propriedades auxiliem na manutenção do equilíbrio da microbiota vulvovaginal e que seja passível de ser utilizada em produtos para a higiene íntima, tais como sabonete, absorvente e lenço umedecido. Para a obtenção das dispersões aquosas de carreadores lipídicos nanoestruturados (CLN) foi utilizado o método de homogeneização a alta pressão. Os ensaios de caracterização e de estabilidade realizados por determinação do valor de pH, espalhamento de luz dinâmico, difratometria de laser e cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) indicaram que a dispersão aquosa de CLN, denominada Pheetocare, permaneceu estável durante o período de análise. Para a produção do sabonete, 0,5 % (p/p) de hidroxietilcelulose (espessante) e diferentes concentrações de lauril éter sulfosuccinato de sódio (tensoativo) foram incorporados à dispersão de CLN Pheetocare. De acordo com a análise de estabilidade, ficou estabelecido que 5 % (p/p) de tensoativo é a concentração adequada para integrar a formulação do sabonete. A dispersão aquosa de CLN Pheetocare e o sabonete foram submetidos a ensaios in vitro para verificar a interação com a mucosa vaginal e seu potencial irritante. As análises de lavabilidade, permeação e penetração indicaram que a dispersão aquosa de CLN Pheetocare pode ser considerada segura para a aplicação em produtos de higiene íntima feminina. Nos ensaios de irritabilidade em modelo de HET-CAM, a dispersão aquosa de CLN Pheetocare foi classificada como não irritante. O mesmo não aconteceu com o sabonete, o qual foi considerado extremamente irritante devido ao tensoativo e ao espessante que foram incorporados. A produção da cobertura dos absorventes foi realizada pela impregnação da dispersão aquosa de CLN Pheetocare em tecido nãotecido (TNT). Antes da impregnação, o TNT foi caracterizado. O espectro gerado pela análise por FTIR/ATR indica que o material é composto de polipropileno. As fotomicrografias obtidas por MEV revelam que o TNT é fabricado pelo processo de fiação contínua (spunbond) e consolidação térmica por pontos (pointbonding). As amostras de TNT impregnadas com a dispersão aquosa de CLN Pheetocare foram avaliadas quanto à massa adquirida, fotomicrografias por MEV e medição da taxa de capilaridade. Os resultados indicaram que o método mais eficaz é a impregnação por aspersão sem a necessidade de tratar as amostras previamente. Para a produção dos lenços umedecidos, recomenda-se o mesmo procedimento de impregnação, porém utilizando a formulação do sabonete. |