Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Antunes, Débora Ribeiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192544
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Resumo: |
Inúmeros sistemas nanoestruturados vêm sendo desenvolvidos para o transporte e liberação modificada de defensivos agrícolas nos últimos anos. Tais sistemas vêm se mostrando uma potencial ferramenta para reduzir a toxicidade destes ingredientes ativos no ambiente, bem como vêm melhorando a eficiência de pesticidas no campo. Entretanto pouco se conhece sobre o destino, toxicidade e mecanismos de ação destes nanocarreadores no ambiente. Neste sentido, o objetivo do presente trabalho foi desenvolver potenciais sistemas de liberação modificada, encapsulando o herbicida atrazina (ATZ) em carreadores lipídicos nanoestruturados (CLNs) sem e contendo nanopartículas inorgânicas (magnéticas (Fe3O4@AO) e plasmônicas (Au@CTAB)), a fim de construir um sistema de liberação marcado que possa ser rastreado, auxiliando assim em futuras análises destes nanocarreadores no ambiente. Para o desenvolvimento das nanoformulações a técnica de emulsificação/evaporação solvente foi aplicada e diversos métodos físico-químicos foram empregados para a sua caracterização. As nanoformulações permaneceram estáveis por mais de 60 dias à temperatura ambiente. Além disso, os CLNs demostraram ter índice de polidispersão (PDI) < 0,2, potencial zeta entre -5,38 ± 0,27 a -23,5 ± 1,25 mV e uma eficiência de encapsulação maior que 90 % para a ATZ. As análises de microscopia eletrônica de varredura (MEV) revelaram ausência de agregados e morfologia esférica ao sistema. Além disso, as técnicas de espectroscopia de Infravermelho (FTIR) e Raio-X (DRX) confirmaram a encapsulação da ATZ na matriz lipídica. Análises de NTA e DLS mostraram que os CLNs apresentaram tamanho médio compreendido entre 215 e 427 nm, variando conforme se associavam as nanopartículas inorgânicas. As análises térmicas de DSC demonstraram pequenas mudanças, com o encapsulamento da ATZ e com as nanopartículas inorgânicas. Os ensaios de cinética de liberação in vitro se comparado aos diferentes sistemas estudados (CLN:ATZ, CLN:ATZ_Au@CTAB e CLN:ATZ_Fe3O4@OA) houve modificação na cinética de liberação da ATZ, porém todos apresentaram liberação modificada através do mecanismo de transporte super caso-II, que consiste em fenômenos de inchamento/relaxamento da matriz lipídica. Avaliou-se também o efeito herbicida dos diferentes CLNs contendo ATZ em planta aquática (Lemna valdiviana), e observou-se que as formulações foram mais efetivas que a ATZ pura. Assim, esses sistemas permitem a redução da dose de herbicida, e abrem novas perspectivas para a compreensão do destino e comportamento destes nanocarreadores no ambiente, uma vez que podem ser rastreados devido a presença de nanopartículas inorgânicas. |