Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Mikhailov, Andrei |
Orientador(a): |
Reichert, Fernanda Maciel |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/197875
|
Resumo: |
O quinto paradigma tecnológico-econômico trouxe profundas mudanças para a economia mundial. No entanto, essas mudanças só recentemente começaram a impactar a produção agrícola. Durante a agricultura 3.0, quase todas as inovações na produção agrícola foram desenvolvidas por grandes empresas. Atualmente esta situação está se transformando. O advento da agricultura 4.0 trouxe um novo elemento para o setor: as agtechs. Agtechs utilizam tecnologias de informação e comunicação (TIC), a exemplo de Big Data, IoT e Machine Learning, permitindo maior interconectividade das fazendas, reduzindo os custos de transação, gerando valor para todos os elementos da cadeia de valor do agronegócio. Agtechs são pequenas empresas, portanto, carecem de recursos financeiros e físicos, o que transforma os recursos de conhecimento em seus ativos essenciais. A capacidade que permite a essas empresas adquirir informações externas, assimilá-las e aplicá-las para gerar inovação é a capacidade absortiva (AC). O objetivo deste estudo é investigar como agtechs usam AC para criar inovação. Para tanto, foi realizado um estudo de casos múltiplos com quatro agtechs brasileiras, sendo que duas destas são líderes tecnológicos em seus campos de atuação. Os resultados mostram que as agtechs analisadas constroem sua AC por meio de P & D interno, amplo uso da ciência e conhecimento externo baseado no mercado, além de AC individual de seus funcionários, o que, por sua vez, aumenta sua capacidade de inovar. A diversidade de backgrounds acadêmico dos funcionários da agtechs contribui para a criação da complementaridade de conhecimento, o que facilita o gerenciamento das bases de conhecimento das empresas. A análise também mostra que, apesar de seu reduzido tamanho, as agtechs estudadas são capazes de manter o armazenamento estruturado de informações. Foi constatado que maioria das agtechs brasileiras são empresas de serviços. Assim, argumenta-se que a emergência das agtechs também promove a “servitização agrícola” e a “manufaturização agrícola”. O primeiro refere-se a uma alteração da criação de valor orientada para o produto para a criação de valor orientada para o serviço na agricultura. Já a manufaturização agrícola refere-se à controle crescente sobre os fatores de produção no campo. Agricultura é um dos setores econômicos menos digitalizados, portanto, as transformações digitais pelas quais a agricultura está passando estão apenas começando. |