Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Conrado, Luanda de Souza |
Orientador(a): |
Schuch, Ilaine |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/280594
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Resumo: |
Introdução: A alimentação é um direito social e as políticas públicas de saúde e alimentação visam a prática da alimentação saudável, promoção e proteção da saúde. Objetivo: Avaliar as associações da adoção de diretrizes de políticas de saúde e alimentação com marcadores de consumo alimentar de escolares, em escolas públicas brasileiras. Metodologia: estudo transversal, com dados secundários da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar de 2019, com estudantes de 13 a 17 anos de idade. Foram incluídos apenas escolas públicas e três conjuntos de variáveis dos seguintes indicadores foram analisados: perfil sociodemográfico, marcadores de consumo alimentar e o desenvolvimento de ações, nas escolas, relacionadas as diretrizes de políticas públicas de alimentação e saúde. As análises foram realizadas no software RStudio, e utilizou-se o pacote survey a fim de considerar a amostragem complexa. A análise descritiva das variáveis realizou-se por meio de intervalo de confiança de 95% (IC 95%) para as variáveis categóricas. Todas as análises incorporam as características do plano amostral complexo da PeNSE 2019 e foram realizadas no software RStudio (R Foundation for StatisticalComputing, Boston, EUA), utilizando o comando 'svy'. As associações entre o desenvolvimento de ações relacionadas as diretrizes de políticas públicas de saúde e alimentação e o consumo regular dos marcadores alimentares foram avaliadas por regressão logística. Resultados: a amostra foi de 64.540 estudantes e maioria de cor da pele preta ou parda (57,3%). O consumo do café da manhã em cinco ou mais dias da semana foi relatado pela maioria dos adolescentes (60,9%), assim como realizar o almoço ou jantar com o pai, mãe ou responsável (69,9%). A frequência de consumo saudável foi de 59,4% para o feijão, 27,7% para as frutas e 29,4% para os legumes e vegetais. A alimentação escolar foi consumida diariamente por 23,2% dos estudantes. Os alimentos não saudáveis tiveram prevalência de consumo (≥ 5 vezes na semana) de 32,2% para guloseimas, 17% para refrigerantes e 5,8% para fast food. Sobre Políticas Públicas, 42% das escolas têm PSE, 67,1% desenvolvem ações de promoção da alimentação saudável e prevenção da obesidade e 68,2% atuam em conjunto com UBS. Após os ajustes, estudantes de escolas com PSE tiveram maior chance de consumo de feijão em 5 ou mais dias da semana nas regiões Nordeste (OR=1,27; IC95%: 1,03; 1,58), Norte (OR=1,70; IC95%:1,26-2,30) e Centro-Oestes (OR=1,18 IC95%: 1,03-01,36). Legumes/verduras tiveram chance de consumo em 5 ou mais dias da semana maior na Região Nordeste (OR=1,11; IC95%:1,00-1,24). No Brasil houve 13% menor chance de os adolescentes consumirem guloseimas 5 vezes ou mais na semana (OR=0,87; IC95%:0,82-0,94), quando comparado com as escolas sem PSE. Na Região Sudeste a chance também é 17% menor (OR=0,83; IC95%: 0,73-0,95), e na Região Sul é 16% menor (OR=0,84; IC95%: 0,73-0,97). Para as frutas, os dados mostram que a chance de consumo em 5 ou mais dias da semana é maior na Região Nordeste (OR=1,13 IC95%:1,01-1,25) entre os estudantes de escolas com PSE. Após os ajustes, observou-se, para o Brasil, chance 16% menor de os estudantes consumirem refrigerante em 5 ou mais dias da semana (OR=0,84; IC95%: 0,75-0,93). Em escolas que executaram ações de promoção da alimentação saudável e prevenção da obesidade, os estudantes apresentaram chance maior de consumir feijão em 5 ou mais dias da semana na Região Nordeste (OR=1,27; IC95%:1,02-1,57) e na Região Norte (OR=1,60; IC95%:1,14-2,25). A chance de consumo de legumes/verduras em 5 ou mais dias da semana foi maior na Região Nordeste (OR=1,21; IC95%:1,08-1,36). A chance de consumo de frutas em 5 ou mais dias da semana foi maior entre os estudantes da Região Norte (OR=1,18; IC95%:1,01-1,37). As ações conjuntas da escola com a Unidade Básica de Saúde resultaram em maior chance de consumo de legumes/verduras em 5 ou mais dias da semana entre os estudantes da Região Norte (OR=1,37; IC95%:1,05;1-78%). |