Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Cordeiro, Franciele Roberta |
Orientador(a): |
Kruse, Maria Henriqueta Luce |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/85462
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Resumo: |
A mídia constitui-se em um local de produção e de circulação de verdades que produzem o pensamento e as práticas sobre a morte no contemporâneo. Dessa forma, o objetivo desta dissertação é analisar como os discursos que circulam em revistas informativas brasileiras propõem um modo de governo do final da vida, ou seja, trata da produção de sujeitos que governam o seu fim. A pesquisa inscreve-se no campo dos Estudos Culturais, em sua vertente Pós-Estruturalista, tendo como referencial teórico e metodológico o pensamento do filósofo Michel Foucault. O material empírico foi composto a partir de 10 reportagens que circularam entre 2002 e 2012 nas revistas Época e Veja. Para organizar os discursos e selecionar o corpus de análise, foi elaborado um mapeamento discursivo utilizando o software ATLAS. Ti 7, versão Free Trial. Os achados foram submetidos à análise de discurso de inspiração foucaultiana. Para a discussão dos dados, utilizei as noções metodológicas de discurso, saber, poder e governo. Os resultados foram apresentados em três unidades de análises: 1) Planejando a vida e a morte: decida seu fim!; 2) Quem nos ensina a morrer? e 3) Você está preparado para fazer o seu testamento vital?. A partir da hipótese de leitura, foram articulados campos discursivos, como o religioso, o jurídico e o médico, que permitiram mostrar as superfícies de emergência das relações de poder-saber para que os sujeitos possam governar a sua morte. O discurso médico, por exemplo, sobressaiu-se como aquele autorizado a falar sobre esse evento, enquanto a enfermagem apareceu atrelada aos cuidados corporais. Observei a morte no domicílio como uma estratégia biopolítica produzida pelo Estado, estratégia que ganha legitimidade ao circular pelas páginas das revistas, e que a qualidade de vida na hora da morte aparece como uma disciplina a ser seguida ou como um objetivo a ser alcançado. Concluo, assim, que as revistas produzem o que neste texto denominei currículo do final da vida, ensinando e propagando a aceitação da morte, além de avaliar os leitores a partir de determinadas ferramentas que aferem sua capacidade de tomar decisões, como, por exemplo, a respeito da morte. |