Resistência dos agricultores familiares do assentamento Santa Rita de Cássia II frente à expansão da urbanização de Nova Santa Rita - RS- Brasil (2006 a 2020)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Salomon, Adler
Orientador(a): Medeiros, Rosa Maria Vieira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/240971
Resumo: Este trabalho aborda a resistência dos agricultores familiares frente à expansão urbana. O lugar da pesquisa é o Assentamento Santa Rita de Cássia II, localizado em Nova Santa Rita, Rio Grande do Sul. Os agricultores familiares neste assentamento adotam estratégias de resistência para manter os seus campos ocupados com as suas atividades agrícolas. Como está organizado o espaço do assentamento de Santa Rita de Cássia II, com destaque para as atividades agrícolas desenvolvidas? Quais são as estratégias de resistência que permitem às famílias de agricultores permanecerem vivas face à expansão urbana em Nova Santa Rita? É a todas estas questões que este trabalho de pesquisa pretende responder. A pesquisa foi realizada com o uso de entrevistas nas suas formas semiestruturadas através da aplicação de questionários, que combinam perguntas fechadas e abertas e observações feitas em saídas de campo. De acordo com os resultados da pesquisa, as formas de estratégias de resistência que os agricultores familiares utilizam no assentamento são os canais de produção agroecológica, especialmente a produção de arroz ecológico e hortaliças, sem esquecer a contribuição do PAA e do Grupo Gestor Arroz Ecológico, hortaliças, COCEARGS e COOTAP. A partir da importância da produção agroecológica, foi possível identificar que seria interessante para todos os agricultores familiares adotarem a produção orgânica como estratégia de resistência à expansão urbana, construída nos assentamentos os quais são frutos da Reforma Agrária; são produtos que carregam o simbolismo do MST, dos agricultores familiares que fazem esta luta, mas são também produtos ligados à discussão da economia sustentável e solidária. Motriz por detrás da resistência dos agricultores familiares, 80 famílias assentadas produziram na Safra 2021-2022. Num contexto de desenvolvimento da agricultura familiar, uma expressão de resistência contínua, a produção agroecológica desenvolvida no PA SRC II não pode ser absorvida pela expansão urbana. Aqui é expresso o conteúdo das estratégias de resistência dos agricultores familiares, gerando territórios de produção agroecológica de resistência e emancipação.