Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Vasconcellos, Fernanda Castilhos França de |
Orientador(a): |
Grisa, Catia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/278760
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Resumo: |
A tese analisa a transferência internacional do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) do Brasil para outros países do Sul global, mediada pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e pelo Programa Mundial de Alimentação (PMA). Para compreender os processos de transferência da política de alimentação escolar conduzidos por essas duas organizações, a pesquisa se concentra em dois estudos de caso: Colômbia e Moçambique. Foram realizadas 34 entrevistas presenciais ou virtuais com funcionários do governo, pesquisadores e representantes das duas agências internacionais, além da análise de documentos e de relatórios de avaliação realizados por consultores externos. Também foram acompanhados eventos internacionais promovidos pela FAO, pelo PMA e por outras organizações internacionais. Os resultados revelam que a transferência do PNAE para Colômbia e Moçambique foi um processo complexo, envolvendo vários atores brasileiros do governo e da sociedade civil. Por meio das abordagens de difusão, tradução e transferência de políticas públicas, foram identificadas as estratégias de comunicação utilizadas pelos atores brasileiros, os embaixadores e os paradiplomatas do PNAE, para disseminar a política dentro das organizações internacionais, bem como os modelos adaptados pela FAO e PMA e, por fim, a forma como esses modelos foram transferidos para Colômbia e Moçambique. Em relação à transferência do PNAE para Colômbia e Moçambique, foram identificados diferentes desafios e contextos. Por um lado, a Colômbia enfrenta complexidades, como conflitos armados internos e desigualdade socioeconômica resultante da liberalização econômica, de modo que as agências internacionais desempenham um papel importante para compensar a falta de instituições sólidas nesse cenário. Por outro lado, em Moçambique, a presença e o apoio das agências internacionais são cruciais devido a desafios como conflitos internos, altos níveis de pobreza, insegurança alimentar e vulnerabilidade a desastres naturais, o que requer recursos substanciais e capacidades institucionais robustas para a implementação de políticas públicas eficazes, que não estão disponíveis para as autoridades locais. A pesquisa também indica que as duas organizações examinadas, a FAO e o PMA, reproduzem seus papéis históricos na transferência do PNAE, com a primeira atuando como uma agência de conhecimento e a segunda concentrando-se em assistência humanitária. |