Quando a parede vira nuvem : o muralismo na paisagem do centro de Porto Alegre/RS

• Ano de defesa: 2024
• Autor(a) principal: Hillebrand, Mateus Henrique
• Orientador(a): Fialho, Daniela Marzola
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Arte urbana : Porto Alegre (RS); Mural : Arte; Paisagem
• Palavras-chave em Inglês: Urban art; Murals; Landscape; Urban planning
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/280556

A pesquisa tem como objetivo produzir, por um lado, uma leitura da cidade através das obras de murais presentes em sua paisagem e por outro, uma análise das obras de murais considerando o espaço da cidade em que estão inseridos. Em suas inúmeras formas, a arte urbana é uma prática que pode produzir conflitos que são inerentes a sua presença no espaço urbano. Nos últimos anos, observou-se um aumento significativo de murais que se apropriam de superfícies de empenas cegas de edifícios. Na paisagem, se tornam uma expressão política e poética, influenciada por legislações e interesses tanto públicos quanto privados e podem se tornar expressão simbólica em suas repercussões enquanto uma prática espacial e estética. Com isso, o trabalho buscará responder a seguinte questão: Quais são as implicações da presença do muralismo na construção da paisagem do centro da cidade de Porto Alegre/RS? O somatório de um novo conjunto de arte urbana, inserido em uma região que é interface ou sobre o qual atuam os instrumentos legais estabelecidos pelo Programa de Reabilitação do Centro Histórico, faz com que a região central da cidade tenha sido indicada para a realização desta pesquisa. O estudo tem como objeto de pesquisa os murais executados em empenas de edificações nessa região entre os anos de 2021 e 2023. De base qualitativa e de cunho exploratório, possui etapas de pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, entrevistas, saída de campo, análise de obras e montagem. As contribuições para a área de Planejamento Urbano e Regional está na identificação das empenas cegas como resultado das descontinuidades das políticas de planejamento urbano e na leitura dos simbolismos e das significações das obras, que emergem como dispositivo crítico e como meio de afirmação identitárias.