Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Viveiros, Hayla Paixão Vieira |
Orientador(a): |
Godoy, Leandro Cesar de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/271364
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Resumo: |
Os recifes de coral constituem um dos ecossistemas mais diversos do planeta, exercendo papel fundamental na manutenção de serviços ecossistêmicos que sustentam milhares de comunidades humanas em todo o mundo. No entanto, esse ecossistema vem sofrendo danos severos, ocasionados principalmente por fatores antrópicos como a crise climática. Cerca de 50% dos recifes de coral do planeta já foram perdidos, e os remanescentes encontram-se em situação preocupante. Nesse contexto, a restauração passiva sozinha já não é mais efetiva, e o desenvolvimento de biotecnologias reprodutivas que visem a restauração passam a ser cruciais. A criopreservação surge como uma alternativa que pode efetivamente ajudar na conservação dos corais. O objetivo desse estudo pioneiro foi desenvolver um protocolo de fertilização in vitro usando o sêmen congelado da espécie endêmica Mussismilia harttii. Para a fertilização os espermatozoides foram descongelados e diluídos para formação das doses inseminantes nas concentrações 105 e 107 espermatozoides/ mL-1 . Em tubos de ensaio contendo água marinha filtrada foram adicionados oócitos frescos e em seguida alíquotas das respectivas concentrações espermáticas. Foram utilizados dois tratamentos controle, um deles contendo sêmen fresco e outro contendo apenas oócitos. Após a fecundação, as amostras foram transferidas para aquários de 500 mL, com quatro réplicas. A Taxa de fertilização alcançada para todos os tratamentos foi de 100% e a taxa de assentamento larval atingiu 26 ± 16%. Nós conseguimos criar o primeiro banco de sêmen de coral do Atlântico Sul, com protocolo eficiente de fertilização in vitro utilizando sêmen congelado. Essa conquista científica mostra-se como uma poderosa ferramenta biotecnológica que poderá ajudar na restauração dos recifes de coral e na preservação da diversidade genética, e assegurar a existência futura dos recifes de coral. |