¡Que sea para bien! Saberes musicales y alianzas sónicas de la gente negra del Sur del Valle del Río Cauca, Colombia : una interpretación desde las (etno)musicologías

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Palau Valderrama, Paloma
Orientador(a): Lucas, Maria Elizabeth da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: spa
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/214297
Resumo: Na presente tese indago pelas formas sobre as formas de agência, atores e performances dos saberes musicais locais da população negra que mora que habita o sul do Valle del Río Cauca, no sudeste da Colômbia, a partir de uma etnografia multisituada desde o campo interdisciplinar das etnomusicologias e musicologias ou (etno)musicologias. Violinos Caucanos, música ancestral e fugas ou jugas são diferentes formas nativas de nomear as práticas musicais locais, que analiso também em diálogo com os estudos da performance na etnomusicologia, com a literatura decolonial, com as abordagens das epistemologias do sul, com a ontologia relacional e com os estudos afrocolombianos, afrolatinoamericanos e afrodiaspóricos. O processo metodológico envolve a análise da experiência junto com interlocutores no trabalho de campo na circulação pela região, as memórias de meu contato de uma década com tais práticas, e o exame de arquivos sonoros, fotográficos e textuais das últimas cinco décadas. Em síntese, sugiro que tais saberes consistem em epistemologias e ontologias sônicas agenciadas pela população negra mediante negociações e alianças entre si e com atores externos, humanos e não-humanos, que emergiram num processo de longo prazo como estratégias de resistência e permanência no sistema-mundo moderno/colonial. Proponho a noção de alianças sônicas para compreender as múltiplas associações tecidas em performance e na experiência histórica de tais formas de conhecer/ser mediante o som ou acustemologias, que por sua dinâmica compreendo como acustemologias políticas. Além disso, assinalo a densidade de noções nativas e processos investigativos locais que articulam musicalidades, oralidades, corporalidades sônicas e suas narrativas baseadas numa relacionalidade da vida coletiva-território e uma ancestralidade. Longe de focar só em dinâmicas internas, os atores buscam a expansão de seus saberes mediante afetos corposônicos e políticos para além de sua territoralidade sônica e seus coletivos. No entanto, os saberes, assim como a vida, se defrontam com as ameaças do desterro frente aos extrativismos e a colonialidade do poder, de modo que são recriados numa disputa constante mediante as práticas musicais e performáticas no percurso de cada caminho e em cada performance. A partir do diálogo com a acustemologia política nativa, a realização de algumas ações colaborativas e desde meu lugar de ressonância no sul global, no movimento da escuta e a enunciação, aponto as potencialidades e os desafios de uma pesquisa aliada em sintonia com a reflexividade e a descolonização do campo das (etno)musicologias.