Mudanças climáticas e a distribuição geográfica das espécies quarentenárias Steneotarsonemus spinki Smilley, 1967 e Brevipalpus chilensis Baker, 1949 para o Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Moura, Raquel Bottini de
Orientador(a): Ott, Ana Paula
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/263420
Resumo: Os ácaros estão entre os organismos que apresentam expressão de pragas quarentenárias, visto a grande expressividade de ameaças aos sistemas agro-silvo pastoris sendo a dinâmica de interações com o meio ambiente fortemente afetada pelas mudanças climáticas. O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto das mudanças climáticas na distribuição potencial dos ácaros quarentenários Steneotarsonemus spinki e Brevipalpus chilensis no Brasil, identificando as variáveis ambientais que influenciam este processo. Os modelos foram gerados usando o algoritmo de Máxima Entropia (Maxent) com base em registros de ocorrência independentes e variáveis bioclimáticas sob três cenários: Presente, futuro otimista RCP 2.6 (otimista 2080- 2100), futuro pessimista RCP8.5 (pessimista 2080-2100) do IPCC5. Os modelos foram validados por meio do índice AUC e a influência das variáveis sobre a distribuição das espécies foi avaliada por meio do teste Jackknife. Os modelos apresentaram excelente desempenho, visto que os índices AUC variaram entre 0,824 a 0,886. Os mapas resultantes preveem áreas de ocorrência abrangente para a espécies no presente e para os modelos futuros ocupação de novas áreas. Ao avaliar se as diferenças observadas nas áreas previstas como adequadas à presença da espécie são ou não devidas ao acaso, observou-se que há diferenças, sugerindo que essas possam ser causadas pelas modificações climáticas relacionadas às camadas ambientais utilizadas na geração dos modelos. Os resultados dos modelos indicam a real interferência das mudanças climáticas na distribuição das espécies, com a ampliação de habitats apropriados. O risco de estabelecimento das espécies no Brasil existe e poderá ser agravado pela disponibilidade de plantas hospedeiras adequadas e a capacidade das espécies em adotar hospedeiros alternativos.