Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Bezerra, Glaydcianne Pinheiro |
Orientador(a): |
Hauck, Simone |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/199085
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Resumo: |
OBJETIVO: Avaliar a associação entre a função reflexiva e a funcionalidade global em pacientes diagnosticadas com Transtorno de Personalidade Borderline no momento da admissão na Internação Psiquiátrica, bem como sua relação com sintomas e mecanismos de defesas utilizados. DELINEAMENTO: Estudo transversal. LOCAL DA PESQUISA: Enfermaria de pacientes do sexo feminino do Hospital Psiquiátrico São Pedro em Porto Alegre. PARTICIPANTES: Trinta e nove pacientes do sexo feminino que foram encaminhadas pelo Serviço de Avaliação e Triagem do Hospital Psiquiátrico São Pedro para a internação psiquiátrica que preencheram critérios positivos segundo o Structured Clinician Interview for DSM-IV Axis II Disorders (SCID-II) para o diagnóstico de Transtorno de Personalidade Borderline e que aceitaram participar da pesquisa. MÉTODOS: Aplicação, no momento da admissão hospitalar, das versões adaptadas e validadas para o Português brasileiro usando os seguintes instrumentos: escala SCID-II, para avaliação de traços e funcionamento da personalidade; Reflective Function Questionnaire (RFQ), para avaliação da função reflexiva; Escala de Avaliação Global do Funcionamento (GAF), que avalia funcionalidade; Symptoms Report Questionnaire 20 (SRQ-20), para avaliação de sintomas e Defense Style Questionnaire (DSQ40), para avaliar estilos e mecanismos de defesa. RESULTADOS: A idade da amostra variou de 19 a 57 anos (M= 30,03; DP=8,7), a média de anos de estudo foi de 8,97 anos (DP= 2,85). Na amostra pesquisada, 53,8% eram mulheres solteiras, 35,9% casadas, 7,7% divorciadas e 2,6% viúvas. Na baixa hospitalar, a GAF média foi 43,59 (DP=7) e o SRQ 7,67 (DP= 3,9). A média dos estilos defensivos foi: maduro 5,4 (DP=1,88), imaturo 5,04 (DP=1,49) e neurótico 5,13 (DP=1,52). Houve associação inversa entre a funcionalidade (GAF) e o nível de incerteza da mentalização (-0,458; p<0,01) e entre funcionalidade e uso de defesas neuróticas (-0,335; p <0,05). A gravidade dos sintomas (SRQ-20) teve associação com o uso de defesas imaturas (-0,445; p<0,01). A associação entre funcionalidade e nível de incerteza da mentalização permaneceu significativa, mesmo controlando para sintomas e estilo defensivo (p=0,002). CONCLUSÃO: Um menor nível de 9 incerteza (maior capacidade de mentalização) quanto a estados internos está associado à melhor funcionalidade nesses pacientes, mesmo quando controlando para sintomas, estilo defensivo e gravidade clínica. Sendo assim, a função reflexiva parece ter um papel central no prejuízo causado pelo transtorno de personalidade borderline. Tal achado aponta essa dimensão do funcionamento da mente como uma potencial área para a elaboração e implementação de intervenções que promovam melhor adaptação dessas pacientes em diferentes áreas de sua vida, inclusive na adesão ao tratamento. |