Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Nuss, Andressa |
Orientador(a): |
Fagundes, Nelson Jurandi Rosa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/144085
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Resumo: |
Fregata magnificens (Fregatidae) é uma ave marinha que se reproduz em ilhas costeiras e oceânicas do Atlântico, desde a Flórida até o sul do Brasil, e do Pacífico, desde a Baixa Califórnia até o Equador, incluindo as Ilhas Galápagos. Apesar da grande capacidade de voo, as fragatas tendem a permanecer durante todo o ano nas proximidades das colônias reprodutivas, voando em velocidades lentas, mas varrendo uma grande área. Em aves marinhas, há um paradoxo aparente entre sua elevada capacidade de dispersão e uma aparente filopatria, o que tem levantado uma série de questões sobre estrutura populacional e história evolutiva. A fim de investigar tais aspectos, foram utilizadas amostras de DNA genômico de 156 indivíduos de F. magnificens pertencentes a oito populações do Atlântico Ocidental, das quais seis brasileiras (Moleques do Sul-SC, Arquipélagos de Currais-PR, Alcatrazes-SP, Cagarras-RJ, Ilha de Cabo Frio-RJ e Abrolhos-BA), uma da Guiana Francesa (Ilha Grand Connétable) e uma caribenha (Barbuda). Foram amplificados oito marcadores de microssatélites, e 1227 pb de dois genes do mtDNA (ND2 e CytB). As sequências de mtDNA foram alinhadas com outras de outras nove colônias reprodutivas depositadas no GenBank, incluindo Galápagos, diversas ilhas do Caribe e Panamá (n=282). As populações brasileiras apresentaram um único haplótipo comum a todas as amostras brasileiras, exceto por um indivíduo de Abrolhos, e compartilhado com Grand Connétable. Uma análise de variância molecular (AMOVA) mostrou que boa parte da variação genética encontra-se entre grupos oceânicos de populações (CT=0,83; FCT=0,49), e análises par a par evidenciaram um isolamento genético entre as populações brasileiras e caribenhas, enquanto Grand Connétable ocupou uma posição intermediária. Para os microssatélites, uma análise Bayesiana de estruturação populacional (STRUCTURE) sugeriu a ocorrência de dois “clusters” genéticos. O primeiro está um associado a Barbuda e, em menor grau, a Grand Connétable, enquanto o outro está associado às populações brasileiras. Uma estimativa de migração recente (BayesAss) detectou conexões desde Abrolhos e Moleques do Sul para outras ilhas brasileiras (exceto entre si), e de Abrolhos pra Grand Connétable. Estimativas demográficas sugerem um tamanho populacional reduzido para as populações brasileiras (NE médio= 353) comparado a Barbuda e Grand Connétable. A separação entre as populações brasileiras e as demais teria ocorrido há cerca de 3.000 anos. A maior diversidade genética para as populações do Caribe (incluindo Grand Connétable) para ambos os marcadores pode estar associado com uma colonização recente do Brasil. Embora pareça existir alguma conexão entre Grand Connéctale e o Brasil (especialmente através da população de Abrolhos), ela é insuficiente para eliminar completamente a estruturação genética entre essas regiões. O padrão predominante de ventos, associado também às correntes marinhas que afetam a costa da América do Sul parecem bastante importantes para explicar os principais achados de estrutura genética evidenciados nos nossos dados. |