Histórias e memórias da saúde no Rio Grande do Sul : as muitas narrativas da exposição de longa duração do Memorial da Loucura do Hospital Psiquiátrico São Pedro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Quevedo, Éverton Reis
Orientador(a): Aquino, Vanessa Barrozo Teixeira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/271116
Resumo: O trabalho procurou identificar e problematizar a concepção de narrativas expográficas através de determinados objetos que compõem o discurso da exposição de longa duração de uma instituição de memória cujo foco é a saúde e a medicina. Nessa perspectiva propomo-nos a refletir sobre a seleção desses objetos, os critérios associativos definidos pela curadoria para compor núcleos da exposição e seus objetivos a partir de estratégias de apresentação, tensionando se seus diálogos estão ancorados, por exemplo, numa ideia de linearidade e evolução com foco em uma memória laudatória de personalidades ou, se refletem os desdobramentos sociais e as tensões que envolvem os profissionais da área, suas concepções e seus pacientes. Na busca deste objetivo, o objeto pontual de nossa análise no campo da Museologia e do Patrimônio inserido na linha de pesquisa Museologia, Curadoria e Gestão é a exposição de longa duração do Memorial da Loucura do Hospital Psiquiátrico São Pedro, instituição pública ligada à Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul, localizada em Porto Alegre/RS. Consultamos farta bibliografia sobre o tema e o arquivo institucional, bem como realizamos entrevistas com os responsáveis pela curadoria da exposição. A partir destes materiais e das visitas técnicas, foi possível elencar elementos para as análises específicas sobre os processos de concepção e planejamento desta exposição que nos permitiram concluir que se trata de uma narrativa expográfica fragmentada e calcada em perspectivas históricas laudatórias e que não dialogam com as perspectivas museológicas contemporâneas, ou seja, necessita de uma reorganização em seus núcleos, bem como de um arranjo expográfico que contextualize os objetos selecionados a partir de uma linguagem simples e direta, agregando novas leituras acerca da história do Hospital Psiquiátrico São Pedro e da participação dos agentes sociais.