O que sobrou de nós: as escolhas expográficas do Memorial do Hospital Colônia Itapuã – RS.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Medeiros, Helena Thomassim
Orientador(a): Serres, Juliane Conceição Primon
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural
Departamento: Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5471
Resumo: A presente pesquisa busca desenvolver reflexões sobre as escolhas expográficas observadas no Memorial do Hospital Colônia Itapuã (Memorial HCI) cujas percepções derivam de visitas realizadas nos anos de 2015, 2017 e 2018. Este espaço de memória foi inaugurado em 2014, na cidade de Viamão, no Rio Grande do Sul, e aborda a história de um hospital, hoje com aspecto asilar, mas fundado para ser o Leprosário do Estado, fato que denota uma das peculiaridades desta exposição, por tratar sobre memórias traumáticas ligadas a segregação de indivíduos em instituições. Objetivando compreender o sentido atribuído pela narrativa construída e exposta no Memorial HCI, ao apresentar este Hospital e seus pacientes/moradores em suas escolhas expográficas, foram pesquisadas as metodologias que melhor se adaptariam ao tema proposto. A fim de elaborar, da forma mais objetiva possível, uma compreensão sobre as materialidades e os textos que a instituição apresenta em seu circuito expositivo fez-se uso de pesquisa bibliográfica e documental, estudo de caso, do método de observação usando também a descrição densa das visitas e da expografia, análise de conteúdo dos textos expositivos e entrevistas realizadas com pessoas ligadas a organização e elaboração da exposição ou de seu conteúdo. Assim, esta dissertação apresenta diversas reflexões sobre o conceito de patrimônio, a função do museu, o papel do objeto para evocação e preservação do passado, além de questionamentos sobre o discurso institucional formulado e como ele pode influenciar as percepções das gerações futuras sobre o passado. Conclui-se que há necessidade de um constante trabalho de questionamento e aprimoramento quando tratamos de lugares que visam salvaguardar bens patrimoniais, tendo em vista que estes interferem também na formação de identidades e que a ideia de se apresentar uma única versão dos fatos pode trazer grandes perdas informacionais.