Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Costa, Marianna de Abreu |
Orientador(a): |
Manfro, Gisele Gus |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/211285
|
Resumo: |
O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) é um transtorno crônico com alto ônus individual e social. Muitos indivíduos diagnosticados com TAG não respondem ao tratamento ou permanecem com sintomas residuais. A fim de contribuir com o desenvolvimento de melhores tratamentos e uma melhor compreensão do distúrbio em si, esta tese investigou a eficácia de intervenções baseadas em mindfulness (MBIs) no tratamento da TAG, bem como nos mecanismos associados à melhora. Primeiro, uma revisão sistemática e uma meta-análise multinível com metaregressão de múltiplos desfechos foi realizada investigando a eficácia de MBIs no tratamento de sintomas internalizantes em transtornos de ansiedade e relacionados ao estresse. Após, realizamos um ensaio clínico randomizado (ECR) paralelo de três braços para avaliar a eficácia de uma MBI (Body in Mind Training, BMT) no tratamento da TAG em comparação ao tratamento farmacológico (Grupo Fluoxetina, FLX) e a um grupo de comparação ativo (Grupo Qualidade de Vida e Psicoeducação, QoL). Os resultados da eficácia clínica são apresentados e investigamos os mecanismos psicológicos (processos emocionais) e biológicos (neuroimagem funcional e variabilidade da frequência cardíaca). Os MBIs parecem promissores no tratamento da dimensão distress, mas não da dimensão medo de sintomas de ansiedade e de transtornos relacionados ao estresse. Nosso ECR sugeriu que todas as modalidades de tratamento (BMT, FLX e QoL) estavam associadas à melhora de sintomas ao final do estudo; no entanto, o BMT não foi não inferior à FLX e não foi superior ao QoL. A análise de mediação revelou que a melhora na regulação emocional mediou a associação entre incremento nos níveis de mindfulness e redução da preocupação no grupo BMT, mas não no FLX e no QoL. Além disso, um estilo de apego mais funcional moderou a relação entre a melhora do mindfulness e melhora da regulação emocional. Além dos efeitos em processos emocionais, relatamos diferentes mecanismos neuronais. A melhoria com o BMT foi associada à maior conexão entre a amígdala com as redes de modo padrão e saliência quando comparada ao grupo FLX. As implicações clínicas e para a pesquisa desses resultados são discutidas. |