Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Oenning, Nágila Soares Xavier |
Orientador(a): |
Goulart, Bárbara Niegia Garcia de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/199072
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Resumo: |
Esta tese descreve um diagnóstico epidemiológico da saúde do trabalhador brasileiro a partir de dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS, 2013). No Brasil, com a implementação parcial da Política Nacional da Saúde do Trabalhador (PNST) e o modelo vigente de previdência social, as informações sobre saúde e trabalho encontram-se fragmentadas e representam apenas parte dos trabalhadores. Considerando que a vigilância à saúde e segurança do trabalhador tem um papel primordial no monitoramento dos agravos ocupacionais, e neste cenário de dados oficiais fragmentados e insuficientes, o uso de inquéritos populacionais autorreferidos torna-se uma ferramenta valiosa no campo da saúde e trabalho. Com base na literatura e foco na construção de um diagnóstico, somados à escassez de estudos epidemiológicos representativos da população trabalhadora brasileira, foi elaborada a questão de pesquisa: "É possível construir um panorama epidemiológico de saúde e trabalho no Brasil, explorando as associações entre características individuais e ocupacionais com a ocorrência de acidente de trabalho, a autoavaliação de saúde e depressão?". Nesta perspectiva foram realizados quatro estudos transversais com os seguintes objetivos: 1.Explorar os fatores ocupacionais associados à autoavaliação de saúde; 2. Identificar fatores de risco para acidentes de trabalho não-fatais; 3. Explorar os fatores ocupacionais associados ao transtorno depressivo maior (TDM); 4. Analisar um modelo teórico sobre a associação entre violência no trabalho e depressão. A pesquisa foi realizada com dados da PNS,2013, baseada em uma amostra representativa da população brasileira, com recorte para 36.442 trabalhadores: 19.450 homens e 16.992 mulheres. Considerou-se como desfechos: “acidente de trabalho não-fatal”, “depressão” e “autoavaliação de saúde”. Os modelos de análise multivariável aplicados foram: regressão de Poisson com variância robusta e abordagem hierarquizada, regressão logística e equações estruturais. As análises foram executadas com o uso dos softwares SPSS, R e SAS considerando o efeito do desenho do estudo. Os achados desta pesquisa demonstraram associações entre fatores ocupacionais e a ocorrência de desfechos implicados na saúde do trabalhador (acidente de trabalho, autoavaliação de saúde ruim e depressão), indo ao encontro da literatura internacional. Os fatores psicossociais (estresse ocupacional e violência no trabalho) ocuparam um papel significativo nas associações encontradas. Acredita-se que este diagnóstico possa fomentar ações de prevenção de agravos, de promoção da saúde e contribuir com políticas públicas mais efetivas no cenário brasileiro. |