Percepção da violência urbana e autoavaliação de saúde por jovens adultos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Bentes, Aline Almeida
Orientador(a): Proietti, Fernando Augusto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/17922
Resumo: Não há definição única e universal do que seja saúde. A autoavaliação de saúde (AAS) é um dos indicadores mais utilizados em estudos epidemiológicos para avaliar a saúde de grupos populacionais. Sexo e idade são determinantes individuais reconhecidos da AAS. É ainda limitado o conhecimento sobre a AAS em jovens adultos (18-29anos), faixa etária pouco estudada quanto a autoavaliação de saúde. O objetivo deste estudo foi determinar e quantificar a associação entre a violência percebida na vizinhança e AAS entre jovens adultos, estratificando por sexo. A variável explicativa de interesse foi a violência urbana percebida. Participaram do estudo 955 jovens adultos (18-29anos) residentes em Belo Horizonte, Minas Gerais, de 2008 a 2009. O escore de violência urbana percebida foi construído considerando variáveis que avaliaram a insegurança do respondente e a sua percepção de medo, perigo de sofrer alguma forma de violência na vizinhança, utilizando-se análise fatorial exploratória. Com relação à autoavaliação da saúde, 81,7% dos jovens adultos considerou como muito boa/boa, 18,3% como razoável/ ruim/muito ruim. No modelo final, após ajustes para as variáveis de confusão, a violência urbana percebida na vizinhança associou-se a pior AAS apenas nas mulheres jovens (OR = 1,50; IC95%: 1,03 – 2,15). Embora não sejam firmemente estabelecidos os mecanismos responsáveis por essa associação, os resultados deste estudo indicam que políticas públicas e de saúde devem considerar intervenções sobre o entorno físico e social do bairro ou vizinhança que promovam maior percepção de segurança no local em que se vive o que impactará positivamente na saúde das pessoas, especialmente das mulheres.