Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Marques, Maria Eduarda Matos |
Orientador(a): |
Müller, Sandra Cristina |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/276174
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Resumo: |
A decomposição de serapilheira é um processo biogeoquímico global de grande importância no ciclo do carbono e na ciclagem de nutrientes para as comunidades do solo e das plantas. Mudanças na taxa de decomposição podem ter impactos significativos nos ecossistemas, portanto, é crucial entender as variáveis que controlam esse processo em diferentes biomas. Poucos estudos integram fatores reguladores da decomposição em gradientes climáticos em florestas tropicais e subtropicais, embora sejam essenciais para prever respostas funcionais associadas ao carbono e nutrientes frente às mudanças climáticas. O objetivo deste trabalho é investigar o efeito da variação climática, da qualidade (composição funcional foliar), habitat de origem (espécies oriundas de florestas Atlânticas stricto sensu ou de florestas com Araucária) e diversidade (misturas de 1 a 4 espécies) de espécies na serapilheira sobre a taxa de decomposição de espécies nativas do sul da Mata Atlântica. Para tanto, realizamos um experimento de translocação de serapilheira utilizando o mesmo conjunto de espécies ao longo de um gradiente altitudinal (370 a 1003 m a.s.l.), que abrange florestas Atlânticas s.s. e florestas com Araucária. Os resultados evidenciaram que a temperatura e a qualidade da serapilheira foram preditoras das taxas de decomposição, enquanto o habitat de origem não afetou a perda de massa da serapilheira. Observamos efeitos não-aditivos nas misturas de serapilheira, porém não conseguimos confirmar uma relação entre a diversidade e as taxas de decomposição. Nossos resultados sugerem que a temperatura e as características funcionais das folhas, que determinam a qualidade da serapilheira, afetam as dinâmicas de carbono e nutrientes por meio da decomposição. Com mudanças associadas ao aquecimento global, poderemos observar aumento nas taxas de decomposição, tanto pelo efeito direto da temperatura, quanto indireto via mudanças nos padrões de composição e abundância de espécies, que podem resultar em maiores emissões de carbono da serapilheira para a atmosfera. |