A experiência da migração forçada e seus impactos sobre a saúde mental: um estudo qualitativo com refugiados venezuelanos acolhidos na cidade de Porto Alegre – RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Sá, Fernando Henrique de Lima
Orientador(a): Freitas, Lucia Helena Machado
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/250534
Resumo: Introdução: A Venezuela é o segundo país em número de refugiados no mundo: estimase que 4,6 milhões de venezuelanos estão dispersos devido à crise econômica em seu país. Pessoas que foram forçadas a migrar estão expostas a inúmeros fatores de risco para adoecimento psíquico. Há uma escassez na literatura científica de estudos qualitativos relacionados a imigrantes venezuelanos, especialmente a respeito de saúde mental e cuidados psicossociais. Este trabalho tem como objetivo conhecer as experiências migratórias de refugiados venezuelanos no Brasil, na perspectiva de aspectos relacionados a saúde mental. Métodos: Realizamos um estudo exploratório qualitativo, entrevistando seis imigrantes venezuelanos residentes na cidade de Porto Alegre. O questionário contendo perguntas abertas abordou as percepções dos participantes sobre sua história pessoal e o processo migratório. Os dados foram analisados com base na Teoria Fundamentada de Strauss e Corbin. Foram seguidos os Critérios Consolidados para Relato da Pesquisa Qualitativa (COREQ). Resultados: Foram identificadas quatro categorias principais: história de vida, crise na Venezuela, processo migratório e vida no Brasil. A partir de seu conteúdo, emergiram subcategorias e definiram-se os aspectos relacionados a saúde mental e às necessidades de suporte dos participantes. Conclusões: As dificuldades enfrentadas ao longo do processo de imigração apontam para muitas questões relacionadas a saúde mental. Vários fatores de risco e vulnerabilidades para adoecimento psíquico foram identificados ao longo de todo o processo migratório. Modelos de assistência que incluam cuidados que foquem em promover integração social e reforçar capacidade de resiliência podem ser úteis. Políticas públicas que possibilitem a oferta de recursos básicos de vida como acesso a moradia, trabalho e saúde são essenciais para a promoção da saúde mental desses indivíduos.