Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Fagundes, Almondi |
Orientador(a): |
Pereira, Adamastor Humberto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/26919
|
Resumo: |
Introdução: Existem vários fatores a serem considerados na fisiopatologia da dissecção aórtica tais como: distúrbios hemodinâmicos e os fatores relacionados às propriedades mecânicas e geométricas da parede aórtica. Os Vasa Vasorum (VV) parecem ter um importante papel em várias doenças, pois o fluxo sangüíneo insuficiente através dos VV aórticos está envolvido na fisiopatologia da aterosclerose e pode contribuir para a necrose da túnica média da aorta. Objetivo: O objetivo era demonstrar pela primeira vez as alterações histológicas que ocorrem na parede aórtica a longo prazo, ou seja, além das 2 semanas de interrupção do fluxo sangüíneo através do VV da aorta descendente em modelo suíno. Método: O experimento foi conduzido com 8 suínos jovens, idade média de 8 semanas resultantes do cruzamento das raças Landrace e Large White, pesando em média 25 Kg (21 – 27Kg) e todos os animais eram fêmeas. Por meio de uma incisão tóraco-lateral à esquerda no 6º espaço intercostal, a camada adventícia era incisada transversalmente em cerca de 1/3 da circunferência da aorta. Era então realizada a ligadura das artérias intercostais e a retirada da camada adventícia, por cerca de 5cm na porção média da aorta descendente. Após a retirada da camada adventícia a aorta era envolvida com o pericárdio bovino ao redor da área sem adventícia e então era realizado o fechamento da cavidade torácica. Após a eutanásia em duas, quatro, seis e oito semanas era realizada a retirada do segmento aórtico envolvido por pericárdio e cerca de 5 cm de aorta proximal e distal. A seguir, uma lâmina de cada segmento (proximal, médio e distal) das aortas foi corada pela Hematoxilina e Eosina e uma pelo método de Weigert – van Gieson, para coloração das fibras elásticas. Resultados: Após duas semanas observamos fibrose subendotelial com preservação da lâmina elástica interna, assim como da camada média nos seus 2/3 internos. Havia um moderado desarranjo das fibras elásticas no 1/3 externo da camada média com um leve infiltrado de linfócitos e neutrófilos. Identificaram-se também focos de angiogênese no 1/3 externo da camada média. Nos animais sacrificados após quatro semanas persistia a fibrose subendotelial com a lâmina elástica interna preservada, assim como a camada média no seu 1/3 interno. Foi identificado um desarranjo estrutural das fibras elásticas e colágenas nos 2/3 externos da camada média. Em relação à inflamação foi observado um infiltrado de linfócitos, histiócitos e neutrófilos nos 2/3 externos da camada média. Quanto à angiogênese foram observados focos nos 2/3 externos da camada média. Após seis semanas os seguintes achados foram identificados: necrose da parede da aorta com fibrose subendotelial. Em relação à inflamação foi identificada necrose com infiltrado linfocítico, histiocitário e neutrofílico em toda a camada média. Quanto à angiogênese observaram-se focos em toda a camada média e na porção subendotelial. Finalmente, após oito semanas havia fibrose de toda a parede da aorta com destruição da lâmina elástica interna. Observamos uma área de inflamação moderada próxima ao endotélio. Havia focos de angiogênese em toda a camada média e na porção subendotelial. Conclusão: O nosso estudo confirma que a isquemia induzida pela interrupção total do fluxo sanguíneo através dos vasa vasorum adventiciais leva à degenerações da túnica média, determinando perda da estrutura normal da parede aórtica que é variável em sua localização, intensidade e forma, dependendo do tempo de evolução da lesão. Em resumo, estudamos as alterações histológicas decorrentes da interrupção dos VV da aorta descendente em suínos desde a segunda semana da lesão, até que ocorresse a fibrose completa da parede. Este estudo pode contribuir para um melhor entendimento do papel dos VV na degeneração da parede aórtica e dos mecanismos envolvidos na dissecção. |