Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Arthur Gehrke Martins |
Orientador(a): |
Rocha-de-Oliveira, Sidinei |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/213057
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Resumo: |
Em um contexto marcado pela expansão do ensino superior nos últimos anos no Brasil, assim como, por momentos de crise econômica, diferentes trajetórias laborais acontecem, principalmente entre os jovens. Diante desse cenário, este estudo buscou Analisar o processo de inserção profissional e mobilidade social dos egressos do curso de Pedagogia no Brasil, com idades até 36 anos e formados a partir de 2012. A escolha pelo curso de Pedagogia deu-se pelo fato de se caracterizar como uma das áreas com o maior número de matrículas em nível de graduação. Em 2018 foram 747.890 matrículas no curso de Pedagogia, considerando cursos presenciais e a distância (INEP, 2019). Para tanto, o estudo é ancorado na literatura sobre Inserção Profissional e Mobilidade Social. Foi realizada uma pesquisa quantitativa descritiva, de corte transversal, através de uma survey com 550 egressos dos cursos de Pedagogia no Brasil. Os egressos participantes estão distribuídos da seguinte maneira entre as regiões do país: 77 (Sul); 277 (Sudeste); 45 (Centro-Oeste); 88 (Nordeste); 62 (Norte). Alguns resultados mostraram que os egressos são majoritariamente do gênero feminino (92,7%); não possuem filhos ou possuem apenas 1 (um). Fizeram suas graduações, na maior parte dos casos, em universidades (48,8%) ou faculdades (41,3%), geralmente em instituições de ensino privadas (71,8%). Ingressaram no curso por meio de vestibular (88%) e ENEM (9,1%). Além disso, 82,5% afirmaram não ter feito uso de ações afirmativas, realizando o curso de graduação sem bolsa. Referente à política de cotas, 64,1% afirmou não ter utilizado essa política para acesso ao ensino superior. No que se refere ao contrato de trabalho, 67,5% possui contrato por tempo indeterminado e 53,3% trabalha em jornada integral. Geralmente, atuam em instituições de pequeno porte (37,2%), de caráter privado (56,3%) e, na maior parte dos casos (55%), na área de serviços relacionados à educação, sendo a função mais desempenhada (70,8%) a de professor(a). A renda média individual bruta mensal é de R$ 1.830,00. Acerca da rotatividade, 34,6% não trocaram nenhuma vez de emprego e seguem trabalhando na mesma instituição; 37,3% levaram em torno de um ano para conseguir ingressar no mercado de trabalho após a formação de ensino superior. Ademais, os egressos afirmaram que o ensino superior possibilitou a conquista de trabalhos que não seriam possíveis sem esse nível de ensino. Referente à mobilidade social, 79,8% dos pais dos egressos possuem, no máximo, o Ensino Médio completo. Percentual que cai para 79,4% no caso das mães. A renda média familiar é de R$ 4.474,85. Ao concluírem o curso de nível superior, os egressos, no geral, atingiram um nível de escolaridade não alcançado por seus pais, sendo, portanto, a primeira geração da família a ingressar no Ensino Superior. Desse modo, este estudo buscou corroborar com as discussões acerca das desigualdades sociais e ocupacionais, refletindo acerca de questões ligadas à classe, gênero e raça. Não se objetivou o encerramento das discussões sobre os temas, mas sim encorajar novas perspectivas de estudo, inclusive na área da Educação, relacionado ao curso de Pedagogia. |