A canção do desejo : da voz materna ao brincar com os sons, a função da música na estruturação psíquica do bebê e sua constituição como sujeito

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Stahlschmidt, Ana Paula Melchiors
Orientador(a): Beyer, Esther Sulzbacher Wondracek
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/77968
Resumo: Este trabalho investiga a função da música, enquanto atividade lúdica e elemento constitutivo da voz, na construção e consolidação dos laços mãe-bebê, ou cuidador-bebê, discutindo suas implicações na estruturação psíquica deste e sua constituição como sujeito. A pesquisa que lhe deu origem foi desenvolvida a partir de minha inserção em um projeto do Departamento de Música da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, denominado “Música para Bebês – os primeiros encontros com a música”, cujo objetivo é a realização de atividades musicais com bebês de 0 a 24 meses e seus cuidadores, em grupos formados por aproximadamente 10 duplas, divididas de acordo com a faixa etária. Através de observações, gravações em vídeo dos encontros, depoimentos registrados em áudio, e instrumentos de avaliação aplicados aos participantes dos grupos, foram coletadas informações sobre a participação de 195 bebês, dos quais 8 foram mais detalhadamente enfocados neste trabalho a partir de entrevistas com seus cuidadores. Estas entrevistas, analisadas com base nos referenciais da Análise do Discurso francesa, Psicanálise, Psicologia do Desenvolvimento e Educação Musical, e articuladas ao restante das informações coletadas, nos permitem observar a função lúdica, estruturante e mesmo preventiva das atividades musicais, quando desenvolvidas em um ambiente estruturado, bem como a importância da musicalidade da voz materna, que caracteriza o “manhês”, para a estruturação psíquica do bebê, permitindo sua inserção na linguagem e constituição como sujeito desejante.