Avaliação da atividade amebicida do extrato aquoso de própolis verde sobre trofozoítos e cistos de Acanthamoeba castellanii

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Karusky, Carla de Magalhães
Orientador(a): Rott, Marilise Brittes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/117609
Resumo: O gênero Acanthamoeba compreende protozoários que pertencem ao grupo das amebas de vida livre e estão amplamente dispersos na natureza. São conhecidos por causarem duas graves doenças, a Encefalite Amebiana Granulomatosa, em pacientes imunodeprimidos e a Ceratite Amebiana, principalmente em usuários de lentes de contatos imunocompetentes. A própolis verde é uma substância resinosa e balsâmica, conhecida na medicina alternativa por apresentar diversas atividades biológicas. Neste trabalho foi avaliada a atividade amebicida de um extrato aquoso de própolis verde contra trofozoítos e cistos de A. castellanii . Nas concentrações de 10 e 20 mg/mL, o extrato foi capaz de inativar 100% dos trofozoítos em 24 e 48 horas. A dose de 5 mg/mL inativou 100% dos trofozoítos em 72 horas. Os cistos foram inativados na concentração de 40 mg/mL após 24 horas de exposição ao extrato. O efeito citotóxico do extrato foi avaliado sobre células VERO e HCE através do ensaio MTT. O extrato não causou efeito citotóxico significativo nas concentrações 0,312, 0,625, 1,25 e 2,5 mg/mL sobre as células HCE e nas concentrações 2,5 e 5 sobre as células VERO. O ensaio de adesão realizado mostrou que a ligação de Acanthamoeba às células HCE possui comportamento dose-dependente em relação ao extrato de própolis verde. Assim, o presente estudo demonstrou a atividade antiparasitária da própolis verde frente a ambas às formas de Acanthamoeba, mostrando-se uma substância promissora para o desenvolvimento de fármaco alternativo, bem como para utilização na composição de soluções de limpeza de lentes de contato ou superfícies. Entretanto, mais estudos são necessários para compreender seus mecanismos de ação.