Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Sartori, Gabriela |
Orientador(a): |
Silva Filho, Luiz Carlos Pinto da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/212978
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Resumo: |
O programa Proinfância do Governo Federal foi desenvolvido para ampliar vagas e garantir o acesso de crianças a creches e pré-escolas. Desde sua criação em 2007 até o ano de 2017, já haviam sido investidos mais de 5 bilhões de reais em mais de 5 mil pré-escolas concluídas ou em fase de construção em todos os estados brasileiros. Foram desenvolvidos projetos padrão de pré-escolas para serem implantados em qualquer região do território brasileiro. Por outro lado, o Brasil está dividido em 8 zonas bioclimáticas, cada qual com características singulares e que exigem diretrizes construtivas específicas. Dessa maneira, a ideia de um projeto padrão, não contempla a adoção de diferentes estratégias construtivas para diferentes zonas bioclimáticas. Assim, este estudo analisou a influência da orientação solar no conforto térmico dos usuários e no desempenho térmico da edificação proporcionado pelo projeto padrão Tipo 2 do Programa Proinfância em todas as zonas bioclimáticas brasileiras estabelecidas de acordo com a NBR 15.220-3 (ABNT, 2005). Com o auxílio do software EnergyPlus foram realizadas simulações computacionais para avaliar as temperaturas resultantes nos ambientes de permanência prolongada da edificação apenas com ventilação natural. O desempenho térmico da edificação foi avaliado conforme a classificação da NBR 15.575 (ABNT, 2013), pois o Manual para o desenvolvimento dos edifícios escolares do Programa Proinfância exige o cumprimento de determinados níveis de desempenho térmico para inverno e verão estabelecidos nesta norma. O conforto térmico dos usuários foi avaliado pelo método do modelo adaptativo da Standard 55 (ASHRAE, 2013) desenvolvido para ambientes naturalmente ventilados. Através deste método foi possível obter o percentual de horas em conforto térmico da pré-escola em cada mês do ano. Com os resultados obtidos nas avaliações de conforto e desempenho térmico, foi possível fazer um comparativo entre as mesmas. Os parâmetros de avaliação da Standard 55 parecem ser mais realistas do que aqueles adotados na norma brasileira de desempenho de edificações. A NBR 15.575 considera apenas influências climáticas externas, não utiliza as cargas térmicas internas e não apresenta exigências quanto às trocas térmicas da edificação com o solo, além de analisar somente os dias típicos de verão e inverno. Desta forma, espera-se que as temperaturas resultantes da análise de conforto térmico sejam mais realistas do que aquelas obtidas a partir da análise do desempenho térmico. Além disso, algumas temperaturas resultantes verificadas nos ambientes de permanência prolongada e aceitas pela classificação da ABNT NBR 15.575:2013, ficam fora da zona de conforto definida para cada zona bioclimática. O impacto da orientação solar foi avaliado simulando o modelo do projeto padrão orientado para leste, oeste, norte e sul. Os resultados de conforto térmico se mostraram mais sensíveis à orientação solar da edificação que os resultados de desempenho térmico. Os resultados de desempenho térmico tiveram poucas variações nas classificações e apontam resultados qualitativos, enquanto os resultados de conforto térmico apresentam variações quantitativas, gerando indicações e recomendações de implantação mais claras quanto à orientação solar. |