Aleitamento materno de lactentes com microcefalia no Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Inácio, Steice da Silva
Orientador(a): Faccini, Lavinia Schuler
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/254472
Resumo: Introdução: As crianças com microcefalia e/ou alterações no sistema nervoso central podem apresentar alterações no desenvolvimento das funções motoras e cognitivas, ocasionando assim alterações na sucção, respiração e deglutição. O leite materno é o melhor alimento para o recém-nascido e lactente, pois é totalmente adaptado para as necessidades nutricionais da criança. Além do ato de sugar o seio materno é uma abordagem de estimulação precoce que proporciona o desenvolvimento da motricidade orofacial, melhorando a sucção, mastigação, deglutição, respiração, e aumentar o vínculo entre mãe e bebe. Crianças com microcefalia, podem apresentar alterações na sucção e deglutição, principalmente após os quatro meses de vida. Dessa forma, é necessário a avaliação e acompanhamento de uma equipe multidisciplinar. Objetivo: Descrever o processo de AM em lactentes diagnosticados por microcefalia congênita no RS. Metodologia: Série de descrição de casos. A população foi constituída por crianças acompanhadas no ambulatório de microcefalia no período de maio de 2019 a julho de 2021. No Rio Grande do Sul, de novembro de 2015 a julho de 2021 foram notificadas 520 crianças com microcefalia. Dessas, foram encaminhadas ao ambulatório para avaliação um total de 96 crianças que, então, compõem a população do estudo. A amostra foi selecionada por conveniência e constituída por 35 crianças. Resultados: Em relação aos dados materno e do recémnascido: 18 (51,4%), tinham idade acima de 29 anos, 17 (48,6%) não tinham emprego formal, 16 (45,8%) eram multíparas, 23 (65,8%) foram parto normal, 23 (69,7%) realizaram mais de 6 consultas de pré-natal, 13 (37,1%) foram prematuros. Em relação ao diagnóstico 23 (65,6%) tiveram diagnóstico de infecção congênita e 12 (34,4%), apresentam microcefalia devido a outras etiologias. Prováveis e confirmados casos de síndrome de zika congênita foram 13 casos, 37,1%. Quinze (42,9%) foram amamentadas na primeira hora de vida, 11 (47,9%) recebeu leite materno exclusivamente até os 2 meses de vida, 19 (54,3%), receberam chá ou água antes de 6 meses de vida, 29 (82,9%), realizou estimulação precoce, a idade média de início das atividades foi de 5 meses. Conclusão: As crianças com microcefalia, tiveram desmame precocemente. Os fatores de desmame foram semelhantes ao da população em geral. No entanto, o distúrbio de deglutição também contribuiu expressivamente para o processo do aleitamento materno.