Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Charles Roberto Ross |
Orientador(a): |
Seffner, Fernando |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/32309
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Resumo: |
Rose... assim era denominada a primeira revista gay editada no Brasil entre fins da década de 1970 e princípios de 1980. Em suas páginas eram publicadas informações do cenário artístico-cultural da época, contos eróticos, estórias em quadrinho, cartuns, anúncios de homens interessados em corresponder-se com outros homens, artigos que versavam sobre a homossexualidade masculina. Nessas páginas havia, também, uma profusão de corpos masculinos tendendo a nudez. Entretanto, nos limites dessa dissertação a revista Rose, não foi considerada apenas como veículo de comunicação e entretenimento, mas, antes disso, tomada como fonte histórica. Enquanto portadora de um conjunto de pedagogias do gênero e da sexualidade, a revista está implicada na produção de um modelo de masculinidade homossexual normalizada. A partir do referencial teórico dos Estudos de Gênero, desde uma perspectiva feminista e pós-estruturalista, analiso o enunciado que articula a masculinidade homossexual a comportamentos efeminados. E é a abjeção a tais comportamentos que servirá de base para a construção do homem gay discreto, marcadamente masculinizado. Portanto, a discrição – enquanto signo de masculinidade – parece assegurar a inteligibilidade social desses homens, “autorizando” sua própria existência. De qualquer maneira, a revista não deve ser reduzida a problemática aqui desenvolvida, uma vez que nela estão presentes outros enunciados. |