Ascensão dos BRICS : uma nova geopolítica mundial?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Assis, Caroline Chagas de
Orientador(a): Pereira, Analúcia Danilevicz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/200697
Resumo: A criação da sigla BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) se deu com base em um estudo sobre mercados emergentes. Aproveitando-se de uma conjuntura caracterizada pela crise no centro hegemônico de poder a Cúpula dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) tornou-se algo muito mais profundo que uma simples aproximação de mercados. Seus membros, apesar de terem históricos, culturas e sociedades muito diferentes, tinham interesses comuns baseados na Cooperação Sul-Sul, no desenvolvimento e na multilateralidade que permitiram ao grupo formar um bloco que passou a constituir um novo projeto de sistema internacional. Assim, o presente trabalho tem por objetivo entender como se deu a ascensão internacional dos BRICS entendo esse fenômeno como um processo de longo prazo, inserido em um contexto internacional de crise. Para isso, utilizaremos o método do materialismo histórico, analisando qualitativamente as relações políticas e socioeconômicas que configuram as relações centro-periferia que foram construídas historicamente. A base teórica utilizada para compreender a relação dos BRICS com o sistema internacional é a teoria do sistemamundo. O trabalho será dividido em três capítulos, nos quais serão abordados primeiramente as relações internacionais e o papel dos BRICS no século XXI; em seguida a conformação dos BRICS e suas relações entre si; por fim, falaremos sobre as relações políticas internas dos países, ressaltando os conflitos de interesses dos grupos sociais que congregam os países do grupo. Concluiremos que a criação do grupo configurou uma nova possibilidade de organização do sistema internacional que afetou diretamente o status quo o que gerou reações do centro hegemônico.