As bacantes : da tragédia grega à tragycomédiorgya do Teatro Oficina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lago, Isadora Fração
Orientador(a): Weinmann, Amadeu de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/249464
Resumo: Tendo como disparador a montagem de Bacantes pelo Teatro Oficina, esta dissertação lança-se na aventura de discorrer sobre as potências do ritual báquico e seus possíveis efeitos na esfera estética e social. Reconhecendo o caráter trágico, no sentido nietzschiano, que anima tal obra teatral, faz-se um percurso sobre este tema, explicitando tanto a aproximação estrutural entre o trágico e a psicanálise quanto as divergências entre os campos. Atentando para os efeitos dionisíacos, propõe-se uma articulação entre aquilo que as bacantes dão a ver e o terreno dos gozos na psicanálise freudo-lacaniana. Colhendo a ideia de tragycomédiorgya que constitui a linguagem teatral proposta pelo Teatro Oficina em Bacantes, adentramos no mundo carnavalesco em que o cômico e a orgia explicitam a força da subversão que se assemelha aos efeitos que a possessão báquica promovia na ordem social da Grécia Antiga. Ademais, a partir da noção de Te-ato, criada pelo Oficina, tensiona-se as concepções de ato e representação no contexto teatral, num diálogo com o campo psicanalítico, donde entrevemos o terreno ao qual tal experiência encaminha o sujeito que nela se lança. Terreno este que, em termos lacanianos, promove a ascendência do real, reconfigurando a ordem simbólica, propiciando uma experiência de subjetivação a partir de uma estética dessubjetivante.