Selamento de lesões de cárie proximal com infiltrante resinoso : acompanhamento de 3 anos de um estudo clínico randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Pereira Júnior, José Carlos D'Ornellas
Orientador(a): Arthur, Rodrigo Alex
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/128931
Resumo: O uso do infiltrante resinoso tem sido apontado como uma abordagem promissora para preencher a lacuna entre o tratamento não-invasivo e o tratamento invasivo em lesões proximais não-cavitadas (LPNC). No entanto, estudos clínicos não são conclusivos sobre o efeito deste tratamento na redução da progressão dessas lesões uma vez que foram realizados em indivíduos cuja atividade cárie não foi controlada. Desta forma, este estudo teve por objetivo avaliar a eficácia do uso do infiltrante resinoso em LPNC na redução da progresão dessas lesões ao longo de um período de 3 anos em um grupo de indivíduos que receberam tratamento e controle da doença cárie. Vinte e dois indivíduos cárie-ativos que possuíam pelo menos um par de LPNC em dentes posteriores foram selecionados para este estudo, totalizando 36 pares de lesões radiograficamente classificadas de metade externa de esmalte até junção amelo-dentinária. Em um delineamento do tipo boca-dividida, as lesões foram alocadas aleatoriamente para tratamento teste (uso do infiltrante resinoso – ICON, DMG, Hamburg, Germany) ou tratamento placebo, de forma que cada par de lesões recebeu os dois tratamentos. Após 3 anos, essas lesões foram novamente analisadas e sua progressão registrada radiograficamente pela análise pareada das radiografias iniciais com as radiografias após 3 anos. Índice de sangramento gengival (ISG) e atividade de cárie foram avaliados no início do estudo e aos 3 anos de acompanhamento. Diferenças na progressão de lesões entre as superfícies infiltradas e aquelas que receberam tratamento placebo foram comparadas pelo teste de McNemar. Dezessete individuos (27 pares de lesões) foram re-avaliados após 3 anos (drop-out de 22,7%). Não foi encontrada diferença no ISG dos indivíduos na comparação entre o início do estudo e aos 3 anos de acompanhamento. No entanto, três vezes menos sangramento gengival foi observado nas superfícies proximais de interesse (que receberam o infiltrante ou o tratamento placebo). Somente 4 indivíduos apresentaram atividade de cárie aos 3 anos. Em relação à progressão das lesões, 7,4% das lesões infiltradas (2/27) progrediram, enquanto que 18,5% das lesões que receberam tratamento placebo (5/27) apresentaram progressão, não havendo diferença estatística entre os grupos (p=0,453). Os resultados do presente estudo sugerem que nenhum efeito adicional na redução da progressão de LPNC foi encontrado após o uso de infiltrante resinoso em comparação a grupo placebo uma vez que a atividade de cárie é controlada ao nível individual.