Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Menegotto, Fernanda Nunes |
Orientador(a): |
Indrusiak, Elaine Barros |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/218585
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Resumo: |
Esta dissertação analisa a adaptação seriada homônima (Hulu, 2017-) do romance The Handmaid’s Tale (1985), de Margaret Atwood, para responder a duas questões norteadoras: primeiro, de que maneira as protagonistas de cada obra (a de Atwood e a do Hulu) se relacionam com uma tradição de distopias literárias mais ampla e segundo, se compreender o formato serial da televisão estadunidense contemporânea pode ajudar a explicar as escolhas feitas na adaptação quanto à caracterização da protagonista. Embora o romance de Atwood tenha sido objeto constante de escrutínio acadêmico desde sua publicação, sua adaptação representa um objeto potencialmente rico para o estudo de duas tendências contemporâneas que ainda não foram suficientemente exploradas: a distopia televisiva e a adaptação de obras literárias para o formato serial favorecido na televisão dos Estados Unidos, o qual foi descrito por Jason Mittell como um modelo potencialmente "infinito" de contar histórias e que, assim, é muito diferente das "adaptações clássicas" britânicas para as quais os estudos de adaptação se voltaram quando estudaram a televisão. A partir das contribuições de estudiosos da adaptação que discutem a especial relevância de condicionantes do contexto-alvo para as escolhas feitas por aqueles que adaptam obras anteriores, esta dissertação examina a The Handmaid’s Tale do Hulu frente a um corpus que busca descrever as características da televisão seriada estadunidense. Neste trabalho, a Offred do Hulu é comparada à sua equivalente no romance de Atwood, mas a intenção não é simplesmente encontrar semelhanças e diferenças, e sim buscar interpretá-las a partir de um entendimento mais amplo do contexto televisivo para o qual a adaptação foi concebida. Nesse sentido, espera-se que esta pesquisa contribua não apenas para o debate sobre o romance de Atwood e sua celebrada adaptação, mas também para uma discussão mais ampla quanto ao impacto do formato seriado no processo de adaptação de formas mais autônomas, como o romance, bem como quanto ao efeito do cruzamento entre distopia e televisão – especialmente considerando-se a centralidade do melodrama na segunda, conforme explorado por Linda Williams – nas características da primeira. |