Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Kupstaitis, Bethielle Amaral |
Orientador(a): |
Cunha, Eduardo Figueiredo Vieira da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/217868
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Resumo: |
Esta pesquisa tem como ponto de partida a reflexão sobre a cegueira, inicialmente atrelada ao desenho e, mais especificamente, ao desenho de contorno cego. Ao assumir como ponto de partida a premissa de que todo o desenho é cego, esta tese se desenvolve em iniciativas de explorar a visibilidade a partir do seu contraponto, o não-ver. De início, os registros realizados a partir da cegueira induzida, de olhos fechados ou vendados, contempla a reflexão em torno da relação temporal do desenho submetido à cegueira. Estabeleceu-se três etapas do olhar em transição: olhos fechados, entreabertos e olhos abertos, as mesmas etapas que ordenaram a sequência dos capítulos. A segunda etapa, olhos entreabertos, é uma analogia que aborda processos de criação que impedem de ver e controlar o que acontece no momento da prática artística. Através do processo de transferência de imagem fotográfica, explora-se a potência da memória a partir do desenho preto sobre papel preto, cuja restrição de visibilidade oferece a experiência da cegueira parcial sob outro prisma da qual o desenho foi realizado. De olhos abertos, a última etapa da tese foi desdobrada das práticas de contenção da visibilidade anteriores e desenvolveu-se pelo entrelaçamento das habilidades hápticas e óticas para formular, a partir de operações poéticas, uma cegueira como teoria. A ideia de uma cegueira vidente percorre outras linguagens artísticas além do desenho, como a fotografia e a apropriação de objetos, para explorá-la como uma prática, sobretudo, de encenação manual. Propõe-se ter na cegueira uma estratégia de recriação da realidade como forma de resistência das coisas que tendem a desaparecer de vista. |