Em meio a infâncias e arquiteturas escolares : um estudo sobre os pátios da educação infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Bizarro, Fernanda de Lima
Orientador(a): Dornelles, Leni Vieira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/27058
Resumo: Meu propósito é o de convidar os que me leem a pensarem comigo sobre a pesquisa que desenvolvo acerca dos espaços comumente chamados de pátios das Instituições de Educação Infantil. Ao mesmo tempo em que se relega aos pátios uma condição secundária, que os mantém longe de estudos sobre suas configurações, pouco a pouco, em muitas escolas estão sendo suprimidos. Seguindo instrumentalizada pela perspectiva pós-estruturalista no processo de escrita da Dissertação não me volto empiricamente aos tantos pátios escolares, mas ao estudo de suas normatizações, ou ainda, aos discursos presentes em documentos ou publicações editoriais selecionados e que tratam dos pátios. Assim, o material empírico desta análise é composto então por dois documentos recentes disponibilizados pelo Ministério de Educação e Cultura (MEC) e duas publicações editoriais das décadas passadas: - Parâmetros Básicos de Infra-Estrutura para Instituições de EI – volume (MEC, 2008a) e encarte (MEC, 2008b); - Paisagismo no Pátio Escolar (FEDRIZZI, 1999); - A Cidade e a Criança (LIMA, 1989). A partir deles trato dos acontecimentos históricos que culminaram com a edificação das IEI tal como as conhecemos; focalizo os pátios em meio à discursividade que constitui a infância escolarizada; abordo a formação dos campos discursivos que, de algum modo, são autorizados ou legitimados como referenciais teóricos dos espaços escolares, sobretudo, referindo-se aos documentos analisados e aos pátios das IEI e dedico-me à questão que considero central ao tratar deste tema, tanto para as pesquisas relacionadas às infâncias, quanto às arquiteturas escolares. Surgidas no percurso desta investigação, as tantas indagações que destaquei acima me levaram a um pátio que me é diferente, um pátio que se mostra em diferentes aspectos. Um lugar que tem história, que se inventou tal qual se constituiu a própria institucionalização/escolarização de crianças pequenas. Um espaço que convida as crianças à nele permanecer. E, neste sentido, um ambiente com determinada função na escolarização e que significa muito às crianças que nas Escolas Infantis permanecem. Um espaço destinado ao contato com „a rua‟, a fantasia, a brincadeira, a natureza, a aprendizagens, ao prazer. Tudo isso dentro dos limites da escola. Limites não apenas no sentido físico, mas de um ambiente calculado e controlado para tanto. Um lugar governado. Destaco, contudo, que as arquiteturas escolares – e/ou o governo das infâncias através de tais arquiteturas – não pertencem a um único discurso, no caso o pedagógico. Ao contrário, pertencem a um conjunto de práticas ou um campo de discursividades em torno deste espaço – a escola.