Educação popular : Brasil anos 90 para além do imobilismo e da crítica, a busca de alternativas uma leitura desde o campo democrático popular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Paludo, Conceição
Orientador(a): Fischer, Nilton Bueno
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/200562
Resumo: Situada no contexto atual mundial e brasileiro, esta investigação busca compreender o significado do novo momento histórico para a teoria e prática emancipatórias. Seu objetivo é o de contribuir para a ressignificação do sentido das práticas de educação do popular processadas desde a concepção de Educação Popular. Pretendeu atender ao objetivo proposto respondendo à seguinte questão: Quais são as transformações político/pedagógicas pelas quais vêm passando, a partir dos anos 90 do século XX, a concepção de Educação Popular? Para responder tal questão, foram realizados os seguintes movimentos teóricometodológicos: a) um mergulho na história do Projeto da Modernidade; b) um mergulho na teoria acumulada sobre educação; c) um mergulho no empírico através de observações registradas junto ao Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais do Rio Grande do Sul (MMTRIRS), ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), ao Movimento Negro Unificado (MNU) e à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da realização de 38 entrevistas semi-estruturadas. Inserida no âmbito das pesquisas qualitativas, no cruzamento destes movimentos, buscou-se responder à questão central da pesquisa, cujos resultados da investigação são apresentados em quatro capítulos. Conclui-se que as transformações e a crise societária mundiais, a mudança na direção do desenvolvimento brasileiro na década de 90 do século XX e a crise daí decorrente, juntamente com a crise dos referenciais emancipatórios, não foram suficientemente fortes para desconstituir o Campo Democrático e Popular e a concepção de Educação Popular, que se consolidaram na década de 70/80. Valendo-se de uma estratégia de disputa de hegemonia, enquanto Campo, os novos movimentos ganham sentido transformador em torno da construção de um projeto de futuro que parece tomar a forma de um novo projeto para o Brasil. Quanto à concepção de Educação, as novas ênfases acompanham o movimento do Campo e indicam que a ressignificação parece dar-se mais na orientação política do que na metodológica e ter um acento maior na formação técnico-política e humana propriamente.