Análise da morfometria nuclear e textura da cromatina de amostras de carcinoma hepatocelular de pacientes transplantados hepáticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Santos, Jordan Boeira dos
Orientador(a): Ruppenthal, Rubia Denise
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/221497
Resumo: Introdução: O carcinoma hepatocelular (CHC) é resultado de constantes lesões no fígado capazes de desencadear modificações na estrutura dos hepatócitos. A morfometria nuclear tem se mostrado útil na detecção destas alterações celulares, possibilitando que as mesmas sejam quantificadas, conferindo maior precisão e objetividade na análise histológica. Objetivo: Identificar alterações na estrutura nuclear e da textura de cromatina em amostras de CHC de pacientes submetidos ao transplante hepático. Materiais e métodos: Foram analisadas amostras de tecido tumoral e tecido adjacente não-neoplásico de 34 indivíduos submetidos à transplante hepático por CHC. Após a confirmação diagnóstica e a seleção da área exata do tumor, os tecidos foram reunidos em blocos de tissue microarray utilizados na confecção de lâminas histológicas coradas por Hematoxilina-Eosina. As imagens microscópicas de cada cilindro foram analisadas no software ImageJ quanto aos parâmetros nucleares de área, perímetro, circularidade, diâmetro de Feret, média de escala de cinza, solidez, razão de aspecto e dimensão fractal. Variáveis clinico-patológicas de relevância clínica foram obtidas através de consulta ao prontuário médico. Resultados: Dos 34 casos, 55,9% eram homens e 67,6% tinham história de hepatite C. Houve diferenças entre as amostras de CHC e tecido adjacente não-neoplásico quanto ao perímetro (p=0,025), circularidade (p=<0,001), solidez (p=< 0,001), razão de aspecto (p=<0,001) e dimensão fractal (p=0,001). Valores mais altos de média de escala de cinza (p=0,034) e o diâmetro de Feret (p=0,024) foram associados a pontuações mais elevadas no Model for End-Stage Liver Disease. Núcleos com maior área (p=0,014) e diâmetro de Feret (p=0,035) foram associados a menor sobrevida. Os pontos de corte para diferenciação das células neoplásicas foram de >22,05 μm para perímetro com uma sensibilidade de 88% e especificidade de 85% (p=0,038). E de >1,14 μm para dimensão fractal com uma sensibilidade de 70% e especificidade de 91% (p =0,004). A correlação de Pearson inter-avaliadores teve significância (p=<0,001) em relação à área, circularidade, diâmetro de Feret, média de escala de cinza e razão de aspecto. Conclusões: Foi encontrada diferença significativa nas medidas nucleares (perímetro, circularidade, solidez e razão de aspecto) e na textura da cromatina entre as amostras de CHC e tecido adjacente não-neoplásico de pacientes transplantados hepáticos, bem como a associação dessas alterações com características clínicas relevantes (idade, Model for End-Stage Liver Disease, recorrência e sobrevida). A análise morfométrica mostrou alta sensibilidade e especificidade quanto ao perímetro e dimensão fractal na discriminação entre hepatócitos neoplásicos e não neoplásicos, apresentando capacidade de replicação inter-observadores.