Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Fischer, Deborah Vier |
Orientador(a): |
Loponte, Luciana Gruppelli |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/108011
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Resumo: |
Esta dissertação tem como campo empírico uma determinada escola da rede privada de Porto Alegre, RS (Escola Projeto), que contempla a arte contemporânea em seu currículo e que convida artistas a construírem esse trabalho em parceria. Como proposta de investigação, busca olhar para os movimentos que esse modo de pensar a arte provoca em professoras e artistas visuais que se aventuram para, juntos, viverem a escola e a educação, produzindo pensamento e estranhando práticas naturalizadas e acomodadas pelo tempo e pelo uso. Pensar o estranhamento nas práticas docentes, instigadas pelas provocações da arte contemporânea, sugere uma aproximação à noção de discurso, tendo em Michel Foucault o principal referencial teórico. Discurso que emerge a partir de conversas e entrevistas com os sujeitos de pesquisa e que são analisadas dentro do campo discursivo que as envolve, neste caso, arte e educação. Movimentos e discursos interessam a esta pesquisa, pois atuam no sentido de olhar para as práticas tidas como mínimas ou basiquinhas, termo usado por um dos sujeitos de pesquisa, e contribuem para pensar na contramão da acomodação e da generalização, tão presentes no modo como a escola vem se constituindo historicamente. Por tratar da arte e da docência, encontrando pontos de encontro e de conflitos entre os fazeres artísticos e pedagógicos, termos como rigor, criação e participação são analisados desde esses dois pontos de vista. Ao olhar para esses encontros, apostando na possibilidade de exercícios de modificação, criação e compartilhamento, ganha força o conceito de docência artista, apresentado por Luciana Loponte, na relação com uma formação docente artista, termo que nasce nesta pesquisa e que se refere a uma formação contaminada, acompanhada e encharcada pelo contato próximo com a arte contemporânea, capaz de rever as relações mais seguras sobre ensinar e aprender, nas artes e para além delas. Desse modo, mais do que buscar resultados ou apontar soluções, esta dissertação busca realizar apostas: na docência, com suas dúvidas e estranhamentos; na escola, com sua possibilidade de educar sem consolação; na arte contemporânea, com sua abertura para provocar rupturas e para desestabilizar o pensamento. É, portanto, nos encontros entre docência, escola e arte contemporânea que esta escrita desenvolve-se, adquire intensidade e potência. |