Tocar/jogar Rocksmith : as experiências de flow de jovens guitarristas que jogam games de música

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Pfützenreuter, Allan César
Orientador(a): Hentschke, Liane
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/77073
Resumo: A presente pesquisa teve como objetivo investigar as experiências de flow de jovens guitarristas ao jogarem o game Rocksmith. Os objetivos específicos foram identificar as condições e as características das experiências de flow presentes no relato de jovens guitarristas ao jogarem Rocksmith e relacionar as condições e características das experiências de flow de jovens guitarristas ao jogarem Rocksmith com as atividades musicais propostas no game. O referencial teórico desta pesquisa está fundamentado na Teoria do Flow de Mihaly Csikszentmihalyi (1992) que investigou as circunstâncias e ambientes que levam um indivíduo a experimentar um estado de imersão e satisfação na realização de determinada atividade, assim como, sistematizou as características daquilo que as pessoas sentem quando vivenciam esta experiência. As experiências de flow têm estreita relação com a motivação intrínseca, a aprendizagem e o desenvolvimento de habilidades cada vez mais complexas. O método desta pesquisa consistiu em um estudo de entrevistas qualitativas com seis jogadores do game Rocksmith que residem em Porto Alegre e Nova Petrópolis, ambas as cidades no Rio Grande do Sul. Como instrumento de coleta de dados, foram utilizadas entrevistas semiestruturadas construídas a partir das sete dimensões da Teoria do Flow. As características reveladas pelos entrevistados ao jogarem Rocksmith mostraram que o game satisfaz as condições e as características das experiências de flow, com exceção das dimensões fusãoação consciência e perda da autoconsciência. O sistema de níveis de dificuldade do Rocksmith foi um aspecto positivo destacado pelos participantes, assim como, o forte sentimento de controle onde os entrevistados afirmaram não sentir diferença entre tocar guitarra fora ou dentro do game. Os dados fornecidos também revelaram que o estado de flow não é uma experiência linear, mas diversa, circunstancial, além de complexa e multifacetada. O sentimento positivo da aprendizagem musical vinculada à diversão de jogar Rocksmith foi evidenciado pelos entrevistados revelando que a dicotomia entre aprender e se divertir deve ser repensada, especialmente para as aulas de música.