Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Tomm, Davi Alexandre |
Orientador(a): |
Maggio, Sandra Sirangelo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/140283
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Resumo: |
Esta dissertação apresenta um estudo do livro Wittgenstein‟s mistress (1988), do escritor estadunidense David Markson (1927 – 2010), cujo texto é narrado em primeira pessoa por uma mulher que se autodenomina Kate e que se apresenta como sendo o último ser humano sobrevivente no mundo. Habitando uma casa em alguma praia, ela senta-se diante da máquina de escrever e divaga sobre suas lembranças e viagens, misturando memória e imaginação, de forma a deixar-nos, nós, os leitores, sem um lastro firme para identificar o que é realidade e o que é ilusão. A análise aqui realizada aborda a estrutura paradoxal desse texto, que não consegue estabelecer de modo concreto um mundo ficcional no qual a personagem narradora habita, ou seja, não podemos saber o que realmente acontece ou não com ela. Esse efeito se dá principalmente por um estilo esquizofrênico que será relacionado com as reflexões e observações que o filósofo Ludwig Wittgenstein denomina ―doenças do intelecto‖, as quais, segundo o professor de psicologia clínica e escritor Louis A. Sass, aproximam-se da esquizofrenia. O objetivo desta pesquisa é examinar a maneira como se imbricam as relações entre a linguagem ficcional do livro de Markson e a realidade extratextual, através de uma visão wittgensteiniana que coloca a linguagem imersa na nossa forma de vida, ancorada sempre nas práticas e costumes compartilhados pela sociedade. A análise mostrará que mesmo em um texto onde predomina esse estilo esquizofrênico que faz a linguagem se fechar no mundo interior da personagem, e também no mundo intratextual, ainda há a possibilidade de rompimento deste solipsismo textual, conectando essa linguagem à esfera intersubjetiva e comunitária. Esse rompimento só é possível através da apresentação (ou exteriorização) de vivências, que depende de uma confiança na linguagem como prática social e imersa na nossa forma de vida, assim como de uma confiança na prática de contar histórias. |