Sobre um coprólito de carnívoro da Formação Touro Passo, Pleistoceno Superior, Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Jacob, Thândara
Orientador(a): Francischini, Heitor Roberto Dias
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/273880
Resumo: Coprólitos são fontes importantes de informações sobre comportamentos alimentares, dietas, processos digestivos e saúde de um animal. Com esses dados pode-se, ainda, fazer inferências acerca do habitat que o animal ocupava, quais animais e vegetais estavam presentes, além das condições ambientais vigentes. Nesta dissertação de mestrado, organizada na forma de artigo científico, é apresentada uma abordagem multi-proxy no estudo de um coprólito de carnívoro pleistocênico proveniente da Formação Touro Passo (Uruguaiana, Rio Grande do Sul, Brasil). As metodologias analíticas incluem parâmetros morfométricos, geoquímicos, paleopalinológicos e reconstruções tridimensionais digitais. O coprólito, de morfologia cilíndrica, com 180 mm de comprimento e 40 mm de diâmetro, apresenta grande quantidade de fósforo e cálcio, sugerindo uma composição fosfática, típica de fezes produzidas por carnívoros. Com o uso de tomografias e microtomografias, foram encontrados 105 macroinclusões ósseas, identificadas como osteodermos de uma preguiça gigante, possivelmente juvenil, pertencente à Família Mylodontidae. Microinclusões consistem em palinomorfos (pólens e esporos) e fitólitos ingeridos acidentalmente com água ou alimentos. Essas características sugerem que o produtor do coprólito seja um mamífero carnívoro de grande porte, possivelmente um ursídeo, canídeo ou felídeo, como, por exemplo, Smilodon. Este estudo busca contribuir com as investigações sobre relações tróficas e o contexto paleoambiental em que habitavam os pouco conhecidos carnívoros da megafauna pleistocênica do Rio Grande do Sul.